Especialização, diversificação e inovação nas indústrias das microrregiões brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Mendes, Chrystian Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Desenvolvimento econômico e Políticas públicas
Mestrado em Economia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3236
Resumo: As concentrações industriais voltaram a ser um tema de estudo importante na área de desenvolvimento econômico a partir das novas Teorias de Crescimento e de Desenvolvimento na década de 1980, tendo-se observado uma tendência à divergência de crescimento entre os países (e regiões) do mundo e não à convergência. Isso porque, com o pressuposto de retornos crescentes, algumas concentrações produtivas se tornam mais ricas do que outras, cuja as externalidades não são tão significativas. O objetivo deste trabalho foi analisar o desempenho econômico das aglomerações industriais das microrregiões brasileiras, no período 1995 a 2006. Mais especificamente pretendeu-se verificar que tipo de aglomeração industrial foi responsável pela geração de maior emprego e renda e pela indução de mais inovação, se as aglomerações especializadas ou as diversificadas. A fim de estudar as externalidades geradas nas aglomerações industriais brasileiras foram analisados 544 microrregiões, com base no modelo de Glaeser et al. (1992). Este modelo analisa três diferentes teorias: a primeira defende que a especialização industrial gera mais externalidades do que a diversificação industrial; a segunda, que é a diversificação que induz à geração de mais emprego e renda do que o outro tipo de concentração produtiva; e, a terceira teoria que afirma ser a competição local e não o monopólio melhor para o desenvolvimento das regiões. As metodologias aplicadas nesta pesquisa foram os Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) e o Método dos Momentos Generalizados (GMM). Os resultados mostraram que a maioria das aglomerações especializadas estava situada em regiões mais desenvolvidas Sudeste e Sul. Em oposição, as aglomerações diversificadas estavam intensivamente localizadas nas regiões brasileiras subdesenvolvidas Norte e Nordeste. Os modelos econométricos indicaram que as microrregiões diversificadas tiveram um impacto positivo no emprego e as microrregiões especializadas um efeito negativo. Estes resultados corroboram a teoria de que a diversificação é mais favorável à geração de renda e emprego no geral, porém, ao analisar as regiões brasileiras separadamente, verifica-se outra dinâmica. Por outro lado, em sentido contraditório, observou-se que as microrregiões especializadas são mais eficazes na geração da inovação. Isso pode significar que essas regiões podem estar desenvolvendo tecnologias poupadoras de mão de obra, o que explicaria o efeito negativo das especializações sobre a renda e emprego.