Matriz óssea homóloga desmineralizada associada ou não à medula óssea autógena na união vertebral dorso-lateral lombar em coelhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Oliveira, Damaris Rizzo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10590
Resumo: O presente estudo objetivou avaliar o uso da matriz óssea desmineralizada (MOD) isoladamente ou associada à medula óssea (MO), como agente de união vertebral dorsolateral lombar, em 48 coelhos da raça Nova Zelândia Branca. Vinte e quatro animais receberam a MOD sobre os processos transversos de L 5 -L 6 , previamente descortificados. Outros vinte quatro constituíram o grupo que recebeu a MOD associada à MO na mesma localização e, em nove coelhos, grupo controle, foi realizado apenas a descortificação destes processos transversos. Oito animais de ambos os grupos tratados e três do grupo controle foram sacrificados às 5, 7 e 9 semanas após a cirurgia e submetidos a avaliações radiográfica, histológica e por palpação manual. O teste de resistência biomecânica foi realizado somente nos dois primeiros grupos. No grupo controle, nas diferentes avaliações, foi observado insignificante reação periosteal local. Dentre os que receberam somente a MOD, às 5 semanas, 37,5% dos animais apresentaram união à palpação, que estava presente em 50% nas semanas seguintes. As análises radiográficas demonstraram índice de união de 25% às 5 semanas, seguido por um índice de 100% de não-união às 7 semanas e 33,3% de união às 9 semanas. A avaliação histológica demonstrou predominantemente a fragmentação seguida pela reabsorção da MOD sendo esta substituída em quase sua totalidade por tecido conjuntivo fibroso. A formação óssea endocondral se deu a partir dos processos transversos descortificados. As evidências histológicas demonstraram que a MOD comportou-se como agente osteocondutor, com ação osteoindutora apenas na interface dos processos transversos com a MOD. O teste biomecânico demonstrou diferença significativa (p < 0,05), referente à força e resistência, entre os segmentos operados e os adjacentes. Com os resultados foi possível concluir que a matriz óssea homóloga desmineralizada serviu como arcabouço para a formação óssea. Contudo, o baixo índice de união tornou-a ineficaz na formação de uma união vertebral dorsolateral lombar estável. No grupo que recebeu a MOD associada à MO, às 5 semanas, 87,5% dos animais apresentaram união à palpação, seguido por 75 e 100 % às 7 e 9 semanas. As análises radiográficas demonstraram índice de união de 50% às 5 semanas, 62 % às 7 semanas e 75 % de união às 9 semanas. Na avaliação histológica, às 5 semanas havia características de osteintegração da MOD com o processos transversos, a matriz sendo penetrada por vasos sanguíneos e tecido cartilaginoso no centro do enxerto. Nas semanas seguintes a MOD foi sendo fragmentada e substituída por tecido cartilaginoso seguido por ossificação endocondral, que continuou a evoluir, sendo a MOD substituída em quase sua totalidade por tecido ósseo trabecular, formando uma ponte de osso maduro entre os processos transversos adjacentes. O teste biomecânico demonstrou diferença significativa (p < 0,05), referente à força e resistência, entre os segmentos operados e os adjacentes. Os resultados demonstraram que a matriz óssea homóloga desmineralizada associada à medula óssea autógena fresca determinou um tecido ósseo de união homogêneo em toda sua extensão, cuja vascularização originou-se nos processos transversos decortificados e na interface osso/enxerto a ossificação endocondral gradativamente substitui a matriz. Além da ação osteoindutora sobre as células tronco, a matriz foi responsável pela deposição óssea de forma organizada e restrita ao ambiente, atuando como arcabouço osteocondutor. Os trabalhos apresentados como parte integrante desta tese estão seguindo as normas da Revista Brasileira de Ortopedia, órgão de publicação científica da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, que é uma publicação indexada ao Index Medicus Latino Americano (IMLA), Excepta Medica e Biologlent Abstract. IBICT: 0102-3616.