Modos de vida e modos de habitar em moradias autoconstruídas: um estudo nos bairros Nova Viçosa e Posses, em Viçosa – MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Souza, Maressa Fonseca e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11535
Resumo: A pesquisa buscou analisar de que forma os modos de vida se expressam nos modos de habitar e na conformação do espaço doméstico de moradias autoconstruídas pela população de baixa renda, adotando como recorte espacial os bairros Nova Viçosa e Posses, localizados em Viçosa, MG. A pesquisa de campo assumiu a forma de estudos de caso, para os quais foram selecionadas 6 moradias para a aplicação dos procedimentos metodológicos, sejam eles entrevistas semiestruturadas seguidas de passeio acompanhado na residência e realização de mapa afetivo. Foram feitas medições e registros fotográficos para elaboração dos levantamentos arquitetônicos, bem como observações diretas durante as visitas. Os resultados foram apresentados de forma descritiva, sistematizados em quadros-síntese e analisados graficamente em matrizes de descobertas que enfatizaram a conformação espacial da residência e as dimensões relativas aos modos de habitar. A análise dos dados apontou que não há um padrão espacial na moradia autoconstruída, contudo existem aspectos comuns entre os casos estudados. Ao se tratar dos contextos de Nova Viçosa e Posses, observou-se uma continuidade de referências ao modo de vida rural bem como a presença de modos de vida e modos de habitar híbridos; constatou-se que os valores expressos na moradia são grandemente influenciados pelas condições socioeconômicas. Observou-se, dentre vários aspectos, o elevado número de reformas e ampliações realizadas, o desenvolvimento de atividades produtivas no espaço doméstico, a coabitação nos terrenos, a importância da dimensão temporal no processo de apropriação espacial e as dificuldades técnicas no planejamento e no processo construtivo. Destacou-se a necessidade de viabilização e operacionalização da Lei 11.888/08, garantindo a assistência técnica pública e gratuita para o alcance mais eficaz da satisfação residencial.