Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Hurtado Salazar, Alejandro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7742
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Resumo: |
Atualmente, as pesquisas desenvolvidas sobre as passifloráceas buscam entender os efeitos da salinidade no desenvolvimento nas diferentes fases fenológicas inicias dessa cultura; entretanto, são ainda incipientes dentro de um programa de melhoramento para condições de estresse abiótico com ênfase em salinidade e seca. Assim, os objetivos do presente trabalho foram avaliar o (1) efeito dos estresses hídrico e salino sobre variáveis indicadoras de crescimento em quatro espécies de Passiflora L.; (2) a resposta diferencial sobre o acúmulo de prolina e sobre os teores nutricionais dos macronutrientes catiônicos e suas relações com o sódio; (3) estudar a a capacidade de P. tarminiana prosperar em altos níveis de salinidade para fazer a excreção de sódio; e encontrar características morfológicas e estruturais que podem ser relacionadas com a resistência dessa planta; e (4) determinar o efeito das espécies silvestres de Passiflora gibertii N.E. Brown e Passiflora mucronata Lam como porta-enxertos sobre o conteúdo de antioxidantes e qualidade de frutos de maracujá. Para isso foram desenvolvidos quatro experimentos. No experimento um, foi avaliado o efeito do estresse hídrico e salino no crescimento e na distribuição de matéria seca em quatro espécies cultivadas de Passiflora. O experimento foi instalado em delineamento de parcelas subsubdivididas, onde a parcela foi o percentual de saturação de água em relação à exigência da cultura (100%, 66% e 33%); a subparcela foi composta por níveis de saturação de sal (CE: 1,5; 2,5; 4,0; e 5,5 dS m-1) e nela estavam os 11 acessos, em um arranjo completamente aleatório com cinco repetições, em que a unidade experimental foi uma planta. O padrão de distribuição de matéria seca de raiz e parte aérea foi modificado com o aumento do estresse hídrico e do salino. Determinaram-se como tolerantes à salinidade e seca os acessos m11 (P. edulis f. flavicarpa), m13 (P. edulis f. flavicarpa) e m15 (P. tarminiana); e medianamente tolerantes, os acessos m2 (P. edulis f. edulis), m12 (P. edulis f. flavicarpa) e m14 (P. edulis f. flavicarpa). No segundo experimento avaliou-se o acúmulo de prolina e íons em quatro espécies de Passiflora em estresse hídrico e salino. As plantas foram cultivadas em condições controladas por sete meses, irrigadas com solução nutritiva com adições de NaCl (100mM) até atingir as condutividades desejadas (1,5; 2,5; 4,0; e 5,5 dS m -1) e umidades do substrato constantes em 100%, 66% e 33%. A concentração de Na+, K+, Ca++, Mg++ e prolina nas folhas foi determinada pelo método proposto por Bates et al. (1973). A acumulação de prolina aumentou nos tecidos estudados, em resposta ao estresse salino, e os níveis máximos de prolina foram observados em plantas tratadas com solução de NaCl com condutividade de 5,5 dS m-1, o que resultou em níveis superiores de Na+ nas folhas, com algumas exceções. Isso confirmou a existência de associação entre o aumento da acumulação desse aminoácido e os níveis de íons nos tecidos. As relações Na+/Ca++, Na+/Mg++ e Na+/K+ foram aumentadas nas folhas, evidenciando-se como importantes variáveis no estudo nutricional das plantas em condições de salinidade. No terceiro experimento, foi avaliada a estratégia de fuga para o controle e a regulação do teor de sal em plantas de Passiflora tarminiana. A excreção de sal, os parâmetros de crescimento e as concentrações de íons excretados foram examinados em plantas cultivadas durante sete meses, submetidas a diversos níveis de salinidade ((NaCl) 2,5; 4,0; e 5,5 dS m-1 (25, 40 e 55 mM)) e de estresse hídrico moderado (33% e 100% umidade no substrato). Foram avaliados os cristais de sal e as estruturas da epiderme da folha. Foi usado o acesso comercial Passiflora tarminiana Coppens & V.E. Barney c. O experimento foi instalado em delineamento de parcelas subdivididas, onde a parcela foi com o percentual de saturação de água de 33% e 100%, a subparcela foi composta pelos diferentes níveis de saturação de sal (CE: 2,5; 4,0; e 5,5 dS m-1), com cinco repetições, em que a unidade experimental foi uma planta. Foi observada excreção de sais na superfície adaxial em folhas de P. tarminiana, possivelmente por presença de glândulas especiais excretoras de sal. Além dessas possíveis glândulas, foram observadas outras estruturas da epiderme como papilas e tricomas, que provavelmente estão envolvidas na tolerância de P. tarminiana à salinidade. No quarto experimento foi avaliado o teor de antioxidante em frutos de maracujá-amarelo sobre diferentes porta-enxertos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e 25 repetições, com um total de 100 unidades experimentais, cada um dos quais foi representada por uma planta plantada em vaso de 30 L. Os tratamentos foram: Passiflora edulis Sims, Passiflora gibertii NE Brown e Passiflora mucronata Lam. Como tratamento controle, foram usadas plantas a partir de sementes de P. edulis e enxertadas na mesma espécie. Foi avaliado o conteúdo de β-caroteno, ácido ascórbico, coloração do suco e casca do fruto. Com o uso de espécies silvestres como porta-enxertos, o conteúdo de β-caroteno dos frutos de maracujá não apresentou diferenças significativas (p < 0,05). Indicando o potencial de porta-enxertos silvestres por seus efeitos positivos como a tolerância a diferentes estresses bióticos e abióticos, mantendo a qualidade comercial dos frutos de maracujá. |