Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Tavares, Wagner de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6299
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Resumo: |
Amendoeira-da-praia ou castanheira, Terminalia catappa L. (Combretaceae); açafrão- da-terra, Curcuma longa L. (Zingiberaceae) e Psychotria spp. (Rubiaceae) ocorrem em todo Brasil, incluindo os locais com cultivos de milho, Zea mays L. (Poaceae). O impacto de extratos e óleo essencial dessas plantas sobre o gorgulho-do-milho, Sitophilus zeamais Motschulsky, 1855 (Coleoptera: Curculionidae) e a lagarta-do- cartucho, Spodoptera frugiperda J.E. Smith, 1797 (Lepidoptera: Noctuidae), pragas do milho, é pouco conhecido. O objetivo desta tese foi avaliar os efeitos inseticida e repelente de extrato bruto de folhas de T. catappa; ar-turmerona, extraída dos rizomas de C. longa e extratos brutos de quatro espécies de Psychotria abundantes no bioma Cerrado (tipo-Savana) do Brasil, sobre adultos de S. zeamais e ovos e lagartas de S. frugiperda. Soluções dos extratos e óleo essencial foram aplicadas sobre grupos de 20 ovos recém-depositados ou com um ou dois dias de idade de S. frugiperda; as lagartas eclodidas oriundas desses ovos foram contadas por grupo de ovos após quatro dias da aplicação das soluções. Lagartas de três dias de idade de S. frugiperda foram introduzidas em copos de plástico sobre a dieta artificial tratada com as soluções dos extratos e óleo essencial; a mortalidade dessas lagartas foi avaliada a cada 24 h; lagartas sobreviventes após este tratamento, com 13 dias de idade, foram utilizadas para a medição dos parâmetros largura da cápsula cefálica, comprimento e peso corporal; os Índices Nutricionais foram avaliados no segundo e terceiro capítulos desta tese com os dados das lagartas sobreviventes oriundas deste experimento. A mortalidade de S. zeamais foi avaliada até 30 dias da alimentação com grãos de milho tratados com as soluções dos extratos e óleo essencial. Indivíduos de S. zeamais foram pesados antes do início de um experimento e até 30 dias para obtenção da atividade inibidora da alimentação das soluções. A atividade repelente das soluções contra S. zeamais foi realizada tratando 20 g de grãos de milho com as soluções com avaliação após 24 h e a atividade repelente residual com recipientes contendo os grãos de milho tratados reinfestados após terem sido armazenados por até 45 dias; o Índice de Preferência foi calculado no segundo e terceiro capítulos desta tese com os dados de repelência. O extrato de folhas de T. catappa apresentou alto poder ovicida e lagarticida sobre S. frugiperda, controlando maior número de imaturos até o terceiro dia de exposição e reduziu a largura cefálica, o peso e comprimento do corpo das lagartas sobreviventes desse inseto. Indivíduos de S. zeamais morreram após seis dias de contato com ar- turmerona a 1% (m.m–1), enquanto os de S. frugiperda mostraram uma taxa de mortalidade de 58% após ingestão desse composto a 1% (m.v–1). A largura da cápsula cefálica, o comprimento e o peso do corpo das lagartas sobreviventes de S. frugiperda expostas a ar-turmerona foram 60,0%; 59,6% e 93,8% menores que aquelas lagartas do controle, respectivamente. Peso seco do alimento ingerido, fezes produzidas, ganho de peso e peso seco do alimento assimilado e metabolizado por lagartas sobreviventes de S. frugiperda foram menores com dieta artificial tratada com ar-turmerona. Eclosão de lagartas de ovos recém-depositados ou com um ou dois dias de idade de S. frugiperda tratados com ar-turmerona foi 48,63%; 14,18% e 48,53%, respectivamente. A toxicidade de Psychotria spp. para as pragas de milho variou entre as espécies e partes (caules ou folhas) dessas plantas; extratos de caules de Psychotria hoffmannseggiana (Willd. ex Roem. & Schult.) Müll. Arg. e de Psychotria capitata Ruiz & Pavon foram mais tóxicos para S. zeamais e aqueles de caules de Psychotria goyazensis Müll. Arg. para S. frugiperda. Os extratos e óleo essencial das plantas testadas têm potencial, em baixas concentrações, para o controle de S. zeamais e S. frugiperda em cultivos de milho no Brasil. |