Efeito da idade da madeira de eucalipto na sua química e polpabilidade, e branqueabilidade e propriedades físicas da polpa
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Agroquímica analítica; Agroquímica inorgânica e Físico-química; Agroquímica orgânica Mestrado em Agroquímica UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2085 |
Resumo: | A preocupação com a qualidade da madeira utilizada para a produção de celulose tem sido foco de muitos estudos, uma vez que o processo produtivo e o produto final sofrem grande influência da matéria- prima que lhe deu origem. Considerando a demanda por árvores cada vez mais jovens, o efeito da idade das madeiras na constituição química e nas variáveis de processo, bem como nas características finais da polpa branqueada, torna-se um fato de grande interesse para as indústrias do setor. O objetivo desse estudo foi caracterizar dois clones de eucalipto, sendo um de Eucalyptus grandis (clone A) e outro um híbrido de Eucalyptus grandis com Eucalyptus urophylla (clone B), em diferentes idades (1, 3, 5, 6, 7, e 8 anos), quanto à composição química fina e polpabilidade, bem como a branqueabilidade e as propriedades físicas da polpa deles provenientes. Para isto, as amostras foram coletadas em locais com características de clima e solo homogêneas, evitando-se variações nos resultados devido a estes fatores. A composição química das amostras de ambos os clones avaliados sofreu variação estatisticamente significativa em função da idade das mesmas. O teor de glicanas, bem como o de celulose, tendeu a aumentar com o aumento da idade da árvore. O teor de xilanas, e também dos demais carboidratos componentes das hemiceluloses, tendeu a diminuir com o aumento da idade das árvores. Os teores de ácidos urônicos, grupamentos acetila, lignina, cinzas e a relação S/G diminuíram com o amadurecimento das plantas, enquanto o teor de extrativos sofreu elevação. A densidade básica das madeiras estudadas aumentou com a elevação da idade. As amostras de 5 anos apresentaram os maiores resultados de rendimento de polpação para kappa 17,0 (RD17 - 54,7 e 55,0 %, para os clones A e B respectivamente). O RD17 apresentou correlação com o teor de glicanas. A quantidade de HexA’s formada não mostrou se correlacionar com a idade das árvores, mas no entanto correlacionou-se muito bem com a carga alcalina aplicada. O menor consumo de cloro ativo total no branqueamento foi obtido pelas polpas oriundas de árvores de 5 anos, sendo de 24,7 e 23,5 kg/tsa para os clones A e B respectivamente e também estas amostras, apresentaram os maiores valores de branqueabilidade (0,47 para ambos os clones). Os valores de reversão de alvura e viscosidade da polpa branqueada foram considerados normais e dentro de padrões aceitáveis. As únicas amostras que fecharam com um custo final de branqueamento abaixo de US$ 40,00/tsa, foram as originadas de madeiras de 5 anos. O consumo de energia de refino e o índice de rasgo, para um mesmo índice de tração, foram maiores para madeiras mais velhas, ao contrário da resistência à passagem de ar, que tendeu a diminuir com o aumento da idade. |