Diagnóstico e monitoramento dos tecnossolos de rejeito de mineração de ferro da barragem de Fundão por meio de técnicas remotas e proximais de inspeção do solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Eliana Elizabet dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Solos e Nutrição de Plantas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/29311
Resumo: O rompimento da barragem de Fundão em novembro de 2015, levantou importantes questões ambientais, principalmente aquelas ligadas à recuperação das planícies fluviais onde foi depositado uma quantidade considerável de rejeito de minério de ferro interferindo severamente na biodiversidade. A recuperação das áreas afetadas precedem análises criteriosas da evolução da gênese dos Tecnossolos, abordando aspectos que sirvam de parâmetros para melhoria de suas condições químicas, físicas e biológicas. Avaliar a espacialização do rejeito nos terraços também torna-se de fundamental importância pois pode fornecer informações cruciais no emprego de técnicas de recuperação. Diante disso, este estudo foi dividido em 4 capítulos sendo que o primeiro capítulo teve como objetivo avaliar as mudanças das condições pedogenéticas dos Tecnossolos depositados nas planícies fluviais a partir de suas propriedades físicas, químicas e mineralógicas após três anos da ocorrência do desastre. O segundo capítulo teve como objetivo estimar o volume e a espessura a camada de rejeito, por meio da tecnologia Laser Scanner Aéreo (LSA) e Laser Scanner Terrestre (LST) comparando a microtopografia em alta resolução, utilizando base de dados de nuvem de pontos interpolada anterior (LSA) e posterior (LST) ao desastre de parte do Rio Gualaxo do Norte. O terceiro capítulo teve como objetivo mensurar a camada e o volume de rejeito de um trecho do Rio Gualaxo do Norte por meio de tecnologia LiDAR e utilização dos instrumentos Laser Scanner Terrestre (LST) e Laser Scanner Aéreo (LSA) através de base de dados LSA anterior ao desastre e duas bases LST escaneadas em 2016 e 2018 sem realizar interpolações. Por fim, o quarto capítulo teve como objetivo avaliar a eficiência do Radar de Penetração no Solo (GPR) para detectar a profundidade dos rejeitos de minério de ferro bem como estimar valores de umidade e compará-los com técnicas laboratoriais. Como resultado foi possível avaliar que os Tecnossolos de forma geral obtiveram melhoras nas condições químicas e apesentam potencial para o emprego de técnicas de recuperação. As características físicas e mineralógicas não sofreram grandes alterações entre os dois tempos. O uso do Laser Scanner nos capítulos 2 e 3 mostrou-se promissor para avaliar o volume e a espessura da camada de rejeito depositados nos terraços do Rio Gualaxo do Norte indicando que houve deposição de uma camada média de 1,17 metros e 0,72 m3 de rejeito na maior parte do terraço (32%). Após 3 anos do desastre, foi possível avaliar com a topografia de alta resolução que houve adição de topsoil no local, o que foi demostrando pela subtração da nuvem de pontos. Em ambos os capítulos foi possível avaliar que houve remoção de meterial pela empresa responsável pelas técnias de recurperação. O Radar de Penetração do Solo mostrou-se eficaz para medição de umidade não diferenciando estatisticamente dos valores obtidos em laboratório sendo a antena de 200 MHz mais adequada para medição de profundidade e umidade de rejeito em detrimento da antena de 400 e 900 MHz.