Estudo de acidentes de trabalho no setor florestal
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de Mestrado em Ciência Florestal UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3116 |
Resumo: | As novas formas de manejo e gestão florestal, na busca por maior produtividade e competitividade, devem estar associadas ao comprometimento da saúde e da integridade física dos trabalhadores florestais. Esta pesquisa objetivou analisar os principais parâmetros referentes aos acidentes de trabalho ocorridos nas atividades de Produção Florestal de Floresta Plantada, Produção Florestal de Floresta Nativa e Atividades de Apoio à Produção Florestal, entre os anos de 2006 e 2010, com finalidade de subsidiar a tomada de decisão das empresas para melhorias das condições do ambiente laboral e formação de política pública que incentive a adoção do trabalho seguro. Para efetivação desta análise foi realizado levantamento no banco de dados do Ministério da Previdência Social referente às CATs geradas na ocorrência dos acidentes de trabalho nas atividades citadas. Para tanto, foram selecionados os seguintes fatores: a) ocorrências por Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), horário de ocorrência, horas trabalhadas, parte do corpo atingida, idade, doença (CID-10), ocupação (CBO) e tipo de acidente; b) perfil dos acidentados, considerando gênero e remuneração mensal; e c) taxas de incidência por CNAE, óbitos, taxa de mortalidade e taxa de letalidade. Além disso, foram identificadas e mapeadas as regiões de ocorrência de acidente no Brasil. Os resultados indicaram que as atividades relacionadas à Produção Florestal de Florestas Plantadas apresentaram maior média de acidentes no período avaliado, representando 52,59% das ocorrências e taxa de incidência média de 24,75 acidentes a cada 1.000 vínculos empregatícios. Os acidentes ocorreram predominantemente no período matutino (42,86%). Nos intervalos de 2 a 4 horas e 6 a 8 horas após inicio do expediente houve 29,84% e 19,24% dos acidentes. Os acidentes típicos representaram 91,53% dos registros. Os membros superiores e inferiores do corpo foram os mais atingidos, perfazendo o percentual de 68,17%, principalmente os dedos e pés. Em todo período analisado, foram registrados 86 óbitos instantâneos. O ano de 2006 se destaca com a maior taxa de mortalidade (20,95) e 2010 com a menor (9,43). Semelhantemente, a Taxa de Letalidade se apresentou superior em 2006 (8,72), porém inferior em 2008. As principais doenças geradas em decorrência dos acidentes foram àquelas relacionadas aos traumatismos do punho e da mão (categoria S60-S69 da CID-10). Com relação ao perfil dos acidentados, em média, 94% foram do sexo masculino e 72,16% pertenciam à classificação de Trabalhadores Agropecuários, Florestais e da Pesca. Destes, 64,04% pertenciam à ocupação Extrativistas Reflorestadores de Espécies Produtoras de Madeira . Na época do acidente, 80,75% das vitimas recebiam de 1 a 2 salários mínimos e 34,67% pertenciam à faixa etária de 26 a 35 anos. O município de Palmas/TO apresentou maior média de ocorrência acidente de trabalho no período avaliado, seguido de Almerim/PA e Curvelo/MG. Programas de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional devem ser específicos às exigências e peculiaridades de cada operação florestal, principalmente às atividades manuais ou semimecanizadas. Pausas e intervalos durante a jornada diária devem ser incentivados e planejados de acordo com o desgaste físico e emocional de cada atividade para que a fadiga provocada pelo esforço continuado, não comprometa a qualidade e atenção ao trabalho. |