Evolução molecular em Odonata: comportamento de pouso em Zygoptera e tempo de divergência em Libellulidae (Epiprocta)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Koken, Antonia Figueira Van de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/26963
Resumo: A ordem Odonata é atualmente subdividida em duas subordens, Zygoptera e Epiprocta. Estes insetos apresentam alta variabilidade morfológica e comportamental, que foram relativamente pouco estudadas em termos evolutivos. Neste trabalho, foram utilizadas hipóteses filogenéticas baseadas em sequências de DNA mitocondrial para testar hipóteses relacionadas ao comportamento de pouso (com as asas abertas ou fe- chadas) em Zygoptera (capítulo 1), e para estudar a subdivisão taxonômica da família Libellulidae (Epiprocta) — capítulo 2. A posição das asas durante o pouso é um caráter filogeneticamente restrito, que deve estar associado tanto ao comportamento de forra- gelo, mais especificamente à velocidade de respostas do animal, quanto à habilidade de se manter críptico aos predadores: se uma espécie for suficientemente rápida pode ser conspícua (pousar de asas abertas), e se for críptica (pousar de asas fechadas), pode ser lenta. No capítulo 2, testou-se a subdivisão de Libellulidae em subfamílias. Esta subdi- visão não tinha sido recuperada por outros trabalhos envolvendo a filogenia molecular da família, o que poderia ser atribuido à amostragem insuficiente de espécies, uma vez que estavam ausentes gêneros e subfamílias da América do Sul. A inclusão de mais espécies não resolveu a subdivisão. Porém, conclui-se que Libellulidae é uma família muito antiga, que sobreviveu à grande extinção em massa KT (final do Cretáceo e início do Terciário) e apresenta três momentos de expansão do número de espécies: o primeiro devido à expansão das angiospermas, que se iniciou há 100 milhões de anos atrás (MAA); o segundo há 65 MAA, logo após a grande extinção KT; e o terceiro há 34 MAA, durante um resfriamento da Terra que substituiu florestas úmidas por gramados, permitindo a expansão de espécies que ocorrem em áreas abertas. Estes são os primeiros resultados de uma série de estudos envolvendo membros da ordem Odonata, que se des- tinam a compreender, através de testes de hipóteses, a evolução de diferentes compor- tamentos e caracteres morfológicos.