Influência da temperatura e do tempo de molhamento foliar nos componentes epidemiológicos de Phytophthora infestans e validação do simulador Blight no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Maziero, José Marcelo Nogueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11107
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da temperatura e do tempo de molhamento foliar nos componentes epidemiológicos de isolados das linhagens clonais US-1 e BR-1 de isolados de Phytophthora infestans existentes no Brasil e a validação do simulador de epidemias de requeima Blight nas condições ambientais do País. Os componentes epidemiológicos avaliados neste estudo foram o período de incubação, o período latente, o crescimento das lesões, a esporulação e a germinação dos esporângios do patógeno. Estudou-se o efeito da temperatura na germinação dos esporângios, no período de incubação, no período latente, no crescimento das lesões e na esporulação do patógeno. As linhagens clonais US-1 e BR-1 foram afetadas de maneira diferenciada pelas variações de temperatura. Os isolados de US-1 e BR-1 apresentaram maior percentual de germinação indireta em temperaturas inferiores a 15°C. O maior percentual de germinação direta foi a 22°C, em ambas as linhagens. Os menores valores de período de incubação e de período latente ocorreram a 22°C em ambas as linhagens. A essa temperatura, o período de incubação para US-1 foi de 66,7 h e, para BR-1, de 44,0 h, enquanto o período latente foi de 93,3 h para US -1 e de 68,0 h para BR-1. O crescimento das lesões também foi influenciado pela variação de temperatura entre 10 e 27°C, em ambas as linhagens clonais. Na avaliação da esporulação, em plantas de batata e tomate observou-se maior esporulação a 22°C. Na quantificação dos efeitos do binômio temperatura – tempo de molhamento foliar, a linhagem clonal BR-1 apresentou maior número de lesões no hospedeiro a 10°C com 24 horas de molhamento foliar, e a US-1, a 15°C, com o mesmo tempo de molhamento foliar. Na validação do simulador Blight, realizaram-se dois ensaios de campo, um no inverno e outro no período de primavera-verão, com a cultura da batata. Quantificou-se o progresso da doença nessas duas épocas, e com os dados climáticos coletados foram realizadas simulações. Houve boa correlação entre a epidemia observada no campo no período do inverno e a simulada. No segundo ensaio, o simulador subestimou a intensidade da doença. Para ser usado no Brasil, o simulador Blight necessitará de ajuste nas equações matemáticas que o compõem.