Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Caires, Nilmara Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/21850
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Resumo: |
A seca-de-ponteiros, causada por Erwinia psidii é, atualmente, uma das doenças emergentes mais importantes na cultura do eucalipto no Brasil. Por se tratar de uma enfermidade recentemente descrita, pouco se sabe sobre a relação patógeno-hospeiro, cujo conhecimento pode auxiliar na determinação de medidas de controle. Assim, o presente estudo teve como objetivos: 1) Estudar a translocação e colonização de E. psidii em mudas de eucalipto; 2) Avaliar as alterações fisiológicas de plantas infectadas em relação a plantas sadias, principalmente quanto a trocas gasosas e danos ocorridos na maquinaria fotossintética e 3) Avaliar diferentes espécies de Eucalyptus e Corymbia quanto à resistência à seca-de ponteiros e ampliar o conhecimento sobre a gama de hospedeiros da bactéria em espécies da família Myrtaceae. No primeiro estudo, por meio de microscopia eletrônica de varredura, determinou-se que a colonização é principalmente acropetal e ocorre pelos vasos do xilema. Além dos vasos xilemáticos, a bactéria coloniza os espaços intercelulares e os tecidos parenquimáticas. Dentro destes tecidos, as células bacterianas formam agregados, que podem conter material fibrilar envolvendo-as, o que sugere a formação de biofilme, o qual pode desempenhar importante papel na agressidade da bactéria. No segundo estudo, não se detectaram alterações de trocas gasosas nem de fluorescência da clorofila a de plantas do clone resistente inoculadas ou não inoculadas. Entretanto, nas plantas do clone suscetível, houve redução significativa nos valores de taxa de assimilação líquida de CO 2 , condutância estomática ao vapor de água, concentração interna de CO 2 , taxa de transpiração, máxima eficiência fotoquímica, rendimento da fotoquímica, rendimento para dissipação e aumento nos valores de rendimento por outras perdas não-fotoquímicas em relação às plantas não-inoculadas (testemunhas) do mesmo clone. A infecção de E. psidii alterou a maquinaria fotossintética das plantas do clone suscetível principalmente quanto aos mecanismos de fotodissipação e fotoproteção. No terceiro estudo, por meio de inoculações conduzidas em casa de vegetação, determinou-se que todas as outras oito espécies da família Myrtaceae avaliadas foram suscetíveis à seca de ponteiros, constituindo potenciais novos hospedeiros do patógeno. Encontrou-se, contudo, ampla variação na intensidade da doença entre as 28 espécies de Eucalyptus e quatro de Corymbia testadas. A variabilidade intra e interespecífica quanto à resistência permite a seleção de materiais superiores para plantio. Os resultados deste trabalho fornecem informações importantes sobre a interação E. psidii - eucalipto e para o estabelecimento de estratégias de controle da doença por meio do plantio de genótipos resistentes. |