Problemas no uso de programação matemática e simulação em regulação florestal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Silva, Gilson Fernandes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10909
Resumo: Este estudo teve como objetivo discutir alguns aspectos limitantes do uso de modelos de Programação Linear na regulação de florestas eqüiâneas, considerando-se a não-integridade das respostas e as incertezas a respeito de variáveis econômicas e da produção; para isso, foram realizados três trabalhos. No primeiro analisou-se a questão da não-integridade das respostas e do possível arredondamento destas, prática adotada por algumas empresas florestais, concluindo-se que o arredondamento das respostas pode levar a soluções inviáveis, sendo, portanto, uma prática não recomendada. O modelo de Programação Inteira mostrou-se eficaz na solução do problema, deman- dando, contudo, o estudo de novos algoritmos de solução, dada a baixa eficiência computacional dos algoritmos tradicionais. O segundo trabalho avaliou as incertezas da produção no processo de tomada de decisão. No que diz respeito à regulação de florestas eqüiâneas, observou-se que dados de produção influenciam de forma decisiva as respostas obtidas por modelos de Programação Linear. Esta influência ocorre tanto no vetor de custos quanto na matriz de coeficientes tecnológicos. Assim, concluiu-se que dados oriundos de diferentes modelos de produção podem levar a diferentes manei- ras de conduzir a floresta, incutindo incertezas na decisão a se tomar. Com base nisso, o processo de escolha do modelo de produção deve ser criterioso e também deve levar em conta análises de pós-otimização. Finalmente, discutiu-se, no terceiro trabalho, a influência de variáveis econômicas aleatórias no processo de tomada de decisão. Obser- vou-se que variáveis aleatórias dependentes do tempo, caso não apresentem nenhuma tendência, podem ser simuladas satisfatoriamente empregando-se o método de Monte Carlo tradicional. Entretanto, caso exista alguma tendência em relação ao tempo, a introdução, no método de Monte Carlo, de um mecanismo que considere a tendência existente faz-se necessária. Como conclusão geral, cabe chamar a atenção para o fato de que modelos de Programação Linear, embora se apresentem como ferramenta de grande utilidade no planejamento florestal, devem ser empregados com senso crítico e avalian- do-se as questões ora discutidas, sob pena de chegar a uma resposta inviável ou que esteja longe do verdadeiro ótimo.