Comparação de leituras de turbidez de amostras de água bruta e tratada em diferentes equipamentos: contribuições à Portaria MS no 2914/2011

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ferreira, Larissa Candian
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/21849
Resumo: Neste trabalho, avaliou-se a confiabilidade analítica e diferenças entre leituras de turbidez de amostras de água bruta, decantada e filtrada da Estação de Tratamento de Água da Universidade Federal de Viçosa tendo em conta dois dos principais fatores de interesse na medição de turbidez: operadores e equipamentos. Foram utilizados quatro turbidímetros portáteis (três de mesma marca e modelo), seis equipamentos on line (cinco de mesma marca e modelo) e um de bancada. A pesquisa foi dividida em dois estudos: (i) Estudo 1, entre maio de 2015 e março de 2016, quando foram avaliadas diferenças entre leituras de turbidez realizadas por dois operadores com os equipamentos portáteis e de bancada; (ii) Estudo 2, entre de julho de 2016 e setembro de 2017, no qual foram avaliadas diferenças entre leituras fornecidas pelos equipamentos de bancada e on line. Nos dois estudos, o turbidímetro de bancada foi assumido como o equipamento padrão (aquele que forneceria os valores “verdadeiros” de turbidez). Tendo isso em conta e tomando como referência os limites especificados na norma brasileira de qualidade da água para consumo humano para turbidez de efluentes de filtros rápidos - 0,50 uT (máximo permitido) e 0,30 uT (recomendação), foram avaliadas a confiabilidade (acurácia) das medidas de turbidez, além da sensibilidade e especificidade dos equipamentos (respectivamente, a capacidade de detectar valores inferiores e acima dos valores de referência). Em geral, o teste de confiabilidade demonstrou que a acurácia das medidas fornecidas pelos demais equipamentos em relação ao turbidímetro de bancada foi baixa, particularmente para medidas abaixo de 0,3 uT no caso dos turbidímetros portáteis e entre 0,3-0,5 uT no caso dos equipamentos on line. Também em linhas gerais, os turbidímetros portáteis e on line apresentaram elevada sensibilidade, mas especificidade mais baixa, comparativamente ao equipamento de bancada. Testes estatísticos de diferença de médias mostraram que no Estudo 1 houve diferença significativa entre as leituras realizadas pelos dois operadores nas faixas de valores mais baixas de turbidez (até 0,50 uT); entre equipamentos, as diferenças foram maiores também para valores mais baixos de turbidez e diminuíram em mais valores altos (não houve diferença significativa na faixa de 5,1 a 10 uT). No Estudo 2, foram observadas diferenças significativas entre os todos os equipamentos e para todas os tipos de água, com o equipamento de bancada apresentando leituras maiores do que um dos equipamentos on line, porém mais baixas que as do outro. Não obstante, todas as diferenças foram muito pequenas em magnitude, particularmente nas leituras de turbidez de água filtrada. Conclui-se que o atendimento dos limites de turbidez de água filtrada especificados na norma brasileira de qualidade da água para consumo humano pode ser verificado independentemente do equipamento utilizado.