Travessias, encontros e desencontros: uma análise da obra Safra Macabra de Patrícia Galvão
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/33729 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2025.048 |
Resumo: | Patrícia Rheder Galvão se reinventou diversas vezes ao longo de sua vida, uma vez que atuava em diferentes áreas como escritora, poeta, tradutora, desenhista, dramaturga, crítica e jornalista. A partir de tal pluralidade, a escritora foi capaz de aventurar-se em sua produção literária, rompendo os limites do movimento vanguardista e permanecendo-se anônima ao assumir diferentes pseudônimos. Como King Shelter Galvão escreve contos policias e os publica na revista Detective, dirigida por Nelson Rodrigues – após alguns anos os contos publicados em tal revista são reunidos e publicados em conjunto sob o nome de Safra Macabra. No entanto, apesar de sua intensa participação frente à produção literária brasileira, ainda é possível observar que suas obras e sua figura são pouco conhecidas. A autora permanece às sombras, uma vez que, enquanto militante política e ativista na luta proletária, além do movimento modernista, ganhou o estereótipo de “mito Pagu”. É somente com intensos trabalhos de resgate que Patrícia Galvão começa a retornar ao cenário da literatura como uma representante importante para a história brasileira. Dessa forma, tendo por intuito recolocar em pauta as discussões acerca de suas obras, o objetivo desse trabalho se pauta na análise crítica de Safra Macabra (1998) da escritora Patrícia Galvão, visando destacar aspectos como as diferentes personagens, a necessidade do uso de um pseudônimo para a publicação do livro, além de ressaltar a ligação entre a obra e as teorias acerca do gênero policial. Para dar suporte metodológico alguns autores representativos das teorias a respeito do gênero romance policial, como Borges (1998) e Todorov (2003), foram utilizados à luz de auxiliar na construção de argumentos acerca da teoria literária e contribuir para a utilização de técnicas e procedimentos para a análise. Além disso, foram lidos estudos sobre a obra e vida da autora, como Campos (2013) e Galvão (2005), os quais serviram de base para a construção de ideias acerca das características de sua escrita, bem como de suas motivações de criação. Dessa forma, este trabalho se divide em três capítulos. O primeiro traz uma discussão acerca de alguns aspectos relacionados à vida de Galvão como seu envolvimento com o Partido Comunista Brasileiro. O segundo capítulo aborda questões atreladas ao gênero policial e as problemáticas envolvidas. E, por último, no terceiro são apresentadas análises dos contos presentes na coletânea,assim como um panorama a respeito das personagens e dos detetives e análise acerca do pseudônimo e o nome escolhido para a coletânea. Palavras-chave: Gênero policial; King Shelter; Safra Macabra; Patrícia Galvão. |