Propriedades hipoglicêmicas, antiglicação e antioxidantes in vitro de extratos fenólicos da casca de jabuticaba (Plinia cauliflora)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Borges, Larissa Lorrane Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27951
Resumo: A jabuticaba (Plinia cauliflora) é uma fruta nativa do Brasil rica em compostos fenólicos, que tem potenciais benefícios à saúde. No entanto, os maiores teores de seus nutrientes e fitoquímicos que podem apresentar benefícios à saúde são encontrados na casca, que geralmente é descartada. Neste trabalho, extratos fenólicos da casca de jabuticaba foram estudados quanto aos potenciais efeitos inibitórios in vitro de enzimas digestivas ligadas ao diabetes mellitus (DM) e à obesidade, assim como a inibição da glicação da albumina sérica bovina (BSA) e atividades antioxidantes. O impacto da digestão gastrointestinal in vitro na estabilidade dos compostos fenólicos e bioatividades também foi avaliado. Os extratos mostraram-se eficazes inibidores das enzimas α-glicosidase e α-amilase, com valores de IC50 variando de 0,47 a 5,20 mg/mL e 0,45 a 1,88 mg/mL, respectivamente. Em relação a enzima lipase, os extratos apresentaram uma moderada inibição, com valores de IC50 variando de 13,52 a 111,51 mg/mL. Os extratos também foram capazes de inibir a glicação de BSA mediada pelos açúcares ribose e glicose e sequestrar os radicais livres ABTS e DPPH, além de ter o seu potencial antioxidante relatado pelo poder de redução do ferro. Os resultados indicaram as antocianinas como os principais compostos contribuintes para as atividades bioativas estudadas. Posteriormente, em estudo cinético da inibição, os resultados mostraram que a inibição das enzimas α-glicosidase, α-amilase e lipase pelas antocianinas do extrato purificado é do tipo competitivo. Após a digestão gastrointestinal in vitro, houve diminuição do conteúdo de antocianinas do extrato, bem como redução das atividades antioxidantes e inibitórias das enzimas digestivas de carboidratos e da glicação de BSA. Apesar disso, ainda houveram significativas atividades bioativas ao final da digestão. Considerando sua composição e potenciais benefícios à saúde, este estudo forneceu dados científicos para reforçar a exploração das cascas de jabuticaba. A suplementação da dieta com esses compostos poderá ainda impactar no risco de desenvolvimento do DM e também auxiliar em maior controle das complicações relacionadas a essa doença. Os resultados obtidos são uma primeira abordagem para entender o potencial dos extratos da casca de jabuticaba no manejo do DM e os efeitos induzidos pela digestão gastrointestinal nas propriedades bioativas e no perfil fenólico. No entanto, estudos adicionais in vivo são necessários para compreender completamente os efeitos à saúde, estabilidade e biodisponibilidade dos compostos fenólicos da casca de jabuticaba. Palavras-chave: AGEs. Diabetes mellitus. Enzimas. Inibição enzimática. Polifenóis.