Ultrafiltracão e electrocoagulação de filtrados do branqueamento de uma fábrica de polpa celulósica kraft para fins de reuso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Quezada Reyes, Rafael Ignacio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/22416
Resumo: Devido ao contínuo aumento das restrições ambientais em fábricas produtoras de polpa celulósica, a indústria tem procurado encontrar opções para minimizar o consumo de água, aumentar o reúso da água e melhorar a qualidade do efluente final. O tratamento de correntes líquidas setoriais da fábrica pode ser uma alternativa técnica e economicamente atrativa por possuírem baixos volumes e altas concentrações quando comparados ao efluente final que consiste na mistura de todos os efluentes da fábrica. Em estudos anteriores, foi determinada a viabilidade de utilizar ultrafiltração para o tratamento do efluente alcalino do setor de branqueamento da fábrica. O primeiro objetivo desse estudo foi avaliar o reúso do permeado gerado e a disposição do concentrado no ciclo de recuperação química. Os resultados indicaram que é possível substituir 100% da água quente na prensa (EPO) sem gerar incrustações de carbonato de cálcio e hidróxido de magnésio. De acordo com a caraterização do concentrado, estima-se que é possível a disposição do concentrado na área de evaporadores sem aumentar o risco de formação de incrustações ou afetar o funcionamento da caldeira de recuperação. O segundo objetivo foi determinar a viabilidade técnica de tratar o efluente ácido do setor de branqueamento com membranas de ultrafiltração e avaliar mediante simulações por software a viabilidade de reusar o permeado, a formação de incrustações de sulfato de bário e os efeitos na estação de tratamento de efluentes da fábrica. Os resultados indicaram que é possível tratar o filtrado ácido com membranas de ultrafiltração, a remoção de matéria organica e cor foi de 65% e 82% respetivamente. A simulação por software indicou que a de substituição de 25% da água branca na prensa do primeiro estagio D pelo permeado, aumenta em 10% o risco de formação de incrustações de sulfato de bário. Neste caso o efluente final da fábrica possuiria uma carga de DQO 38% menor e a geração de lodo biológico diminuiria em 40%. O terceiro objetivo foi avaliar o tratamento de eletrocoagulação com eletrodos de ferro e alumínio, dos efluentes ácido e alcalino, determinar a viabilidade técnica de reusar os efluentes tratados e determinar os efeitos na estação de tratamento de efluentes (ETE). Os resultados indicaram que tanto para o efluente ácido como para o efluente alcalino, a maior remoção de DQO foi obtida com o tratamento de eletrocoagulação com eletrodos de alumínio, 51% e 48% respectivamente. Pelas características finais dos efluentes tratados, conclui-se que os mesmos podem substituir a água quente na prensa (EPO) sem aumentar o risco de formação de incrustações de carbonato de cálcio. A substituição da água quente pelo efluente tratado diminui o consumo de água em 7,5 m 3 por tonelada de polpa seca.