Produção de embriões transgênicos bovinos por meio de microinjeção de vetores lentivirais ou transferência nuclear de células somáticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Arroyo, Rafael José Otero
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Doutorado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1453
Resumo: A principal barreira para a produção de animais transgênicos continua sendo a identificação de sistemas mais eficazes de transgenia, incluindo a busca por mecanismos de regulação que otimizem a expressão do transgene. Baseado no princípio da existência de diferentes técnicas para geração de animais transgênicos, o objetivo do presente trabalho foi produzir embriões transgênicos bovinos por meio de microinjeção de vetores lentivirais ou transferência nuclear de células somáticas geneticamente modificadas, cuja finalidade é a geração e seleção precoce de embriões bovinos transgênicos. O experimento foi realizado em duas etapas. A etapa I consistiu no estabelecimento e produção de um vetor lentiviral contendo o gene que codifica a proteína GFP. Já a etapa II foi constituída de três experimentos. No experimento I foi realizada a microinjeção do vetor lentiviral no espaço perivitelineo de ovócitos de bovinos antes da fecundação (T4), obtendo uma taxa de blastocisto de 5,26%, a qual foi menor (P<0,05) quando comparada ao controle (T1) (ovócitos com complexos cumulus-ovócito e sem micromanipulação), controle sem microinjeção (T2) e controle microinjetados com meio Talp (T3). Em todos os embriões microinjetados com o vetor lentiviral foi detectada a expressão do gene repórter nesse caso GFP (da sigla em inglês Proteína Fluorescente Verde) No Experimento II, foi avaliada a microinjeção do vetor lentiviral no espaço perivitelineo de zigotos de bovinos, seis horas pós-fecundação. Os zigotos microinjetados com o vetor lentiviral (T4) apresentaram taxas de blastocistos nos dias sete e oito de cultivo in vitro 3,4 e 3,8%, respectivamente. Estes valores encontrados foram inferiores (P<0,05) aos tratamentos controle (T1) (ovócitos com complexos cumulus-ovócito e sem micromanipulação), controle sem microinjeção (T2) e controle microinjetado com meio Talp (T3). Foi possível evidenciar nos zigotos microinjetados a expressão do gene GFP em Blastocistos no dia sete (75%) e oito (77,7%). No experimento III foi avaliado o efeito da tricostatina A (TSA) sobre a produção de embriões bovinos transgênicos utilizando-se a transferência nuclear com células somáticas modificadas geneticamente por meio de vetores lentivirais. Não houve diferença (P>0,05) na taxa de blastocistos de embriões tratados com tricostatina (T1) (18,1%) quando comparada com embriões não tratados (T2) (6,8%). Quando a taxa foi calculada a partir de zigotos clivados, a produção foi superior (P<0,05) para os embriões tratados com tricostatina. Em ambos tratamentos, todos os blastocistos gerados expressaram o gene GFP. Deste modo conclui-se que nas condições do presente estudo, a microinjeção do vetor lentiviral nos ovócitos e zigotos seis horas pósfecundação resultam comprometem as taxas de desenvolvimento embrionário. Eventualmente, a eficácia de tal procedimento foi comprovada uma vez que a microinjeção de vetores lentivirais nos ovócitos e zigotos resultou em uma alta expressão da proteína fluorescente verde GFP. Adicionalmente, observou-se que a TSA melhorou o desenvolvimento de embriões clones gerados de células geneticamente modificadas.