Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Débora Pires |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/28889
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Resumo: |
O objetivo geral deste estudo é analisar as representações midiáticas da velhice na revista Claudia (1997-2010), desvelando como ocorrem e quais os seus significados. A pesquisa assumiu uma abordagem qualitativa, documental e interpretativa tendo como fonte de dados a revista Claudia, com recorte temporal de Janeiro de 1997 a Dezembro de 2010. Os dados foram distribuídos em categorias analíticas (representações midiáticas da velhice, gênero, corpo e sexo) e tratados pela proposta metodológica de Mendes (2013) para análise de imagens fixas em textos multimodais. Adicionalmente, as obras de Butler, Goldenberg e Debert ofereceram ferramentas analíticas capazes de contribuir para a compreensão das imagens selecionadas, tais como os conceitos de velhice, corpo, abjeção, gênero, sexo, enquadramento, dentre outros. Entre os principais resultados da pesquisa, considera-se que as representações da velhice na revista Claudia, durante o período analisado, assumiram duas macrotendências, tendo como marco divisório o ano de 2004. Na década de 1990, o velho era invisibilizado, sub- representado e a velhice era uma temática censurada em Claudia. A partir de Março de 2004, o corpo velho foi reposicionado e a velhice passou a ser tematizada, se fazendo presente como o “novo velho”. Os perfis representacionais da velhice em Claudia diferiam pelos significados acionados por eles. Quando os corpos velhos estavam associados a fatos culturais, tinham sua materialidade limitada a figuras públicas (celebridades midiáticas, artistas e políticos). Quando acionavam atividade, eram representados por aqueles que apresentavam capacidade financeira, saúde e disposição para incorporar o estilo de vida imposto pelo “novo velho”. Quando incorporavam a dependência, as imagens estavam associadas ao perfil do “velho velho”: desvalidos da sorte, doentes, decrépitos, deficientes, pobres e institucionalizados. Por último, quando acionavam questões envolvidas com corpo, beleza e sexualidade, as diferenças de gênero se fizeram presentes, indicando, como uma pedagogia cultural, os comportamentos adequados e contrastantes entre homens e mulheres. Para elas, o conceito de beleza esteve condicionado à manutenção de uma estética jovem, mediante investimentos que visavam “combater o envelhecimento”. Na configuração dessas representações, recursos sócio-linguísticos foram acionados, como as metáforas, os marcadores, os modalizadores, os verbos dicendis, os pressupostos, a introdução de vozes de autoridade, os saberes, as variações denominativas, dentre outros. O conjunto de informações permite concluir que Claudia compreende à velhice pelo seu viés biológico, como um problema, sobretudo para as mulheres. O perfil do “novo velho” refere-se à incorporação da ideologia da terceira idade, ao mesmo tempo em que a revista mantém um posicionamento tradicional quanto ao gênero, ligado ao padrão heteronormativo. Por fim, a percepção de beleza na revista vincula-se a manutenção da estética jovem. Palavras-chave: Mídia. Revista Claudia. Velhice. Corpo. Gênero. |