Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Marcos Júnio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/24129
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Resumo: |
A busca por recursos, mercados e eficiência, fez com que as empresas multinacionais (EMNs) realizassem investimento estrangeiro direto (IDE) e consequentemente expandissem suas atividades globais, principalmente a partir da década de 1990. E do ponto de vista dos países hospedeiros isso pode trazer benefícios para a economia. A intuição é de que se as EMNs realizam IDE, suas atividades serão capazes de gerar spillovers de tecnologia e conhecimento para as empresas domésticas. E isso se converterá em aumentos de produtividade e consequentemente crescimento econômico. No entanto, a capacidade de absorção dos spillovers de tecnologia e conhecimento por parte dos países parece estar condicionada a fatores macroeconômicos e institucionais do país hospedeiro. Diante desse cenário, muitos pesquisadores se debruçaram sobre o assunto, utilizando variados métodos econométricos e diferentes bases de dados para verificarem se o IDE foi capaz de gerar crescimento. Porém, os resultados não são unânimes, e os efeitos do IDE no crescimento ainda não estão claros. Sendo assim, as principais perguntas que emergem são: (i) O IDE sozinho é capaz de gerar crescimento econômico no país hospedeiro? (ii) Fatores como capital humano, tamanho do mercado financeiro, abertura comercial e qualidade institucional potencializam os efeitos do IDE no crescimento? (iii) O IDE possui efeitos distintos em países com diferentes níveis de renda? Diante disso, o objetivo dessa pesquisa foi verificar se o IDE contribuiu para o crescimento econômico de 80 países, separados em quatro grupos (renda baixa, renda média baixa, renda média alta e renda alta) de 20 países, de acordo com a Renda Nacional Bruta (RNB), no período de 1996 a 2015. E se fatores como capital humano, tamanho do mercado financeiro, abertura comercial e qualidade institucional contribuíram para potencializar os efeitos positivos do IDE no crescimento. Para alcançar esses objetivos, foram estimadas cinco regressões de crescimento, utilizando o GMM System (Método dos Momentos Generalizados), para cada um dos quatro grupos de países. Os principais resultados encontrados permitem inferir que: (i) Nos países de renda baixa, renda média baixa e renda média alta, o IDE, aliado as condições locais, contribuiu para o crescimento, por outro lado, nos países de renda alta o IDE não impactou no crescimento, ou seja, o nível de renda no qual o hospedeiro esta é relevante para explicar os efeitos do IDE no crescimento; (ii) Quando considerado de forma isolada, o IDE não exerceu impacto no crescimento econômico, sobretudo nos países de renda média alta e renda alta; (iii) O capital humano, o tamanho do mercado financeiro, abertura comercial e qualidade institucional potencializaram os efeitos do IDE no crescimento, sobretudo nos países de renda baixa. Isso demonstra que tais países devem implementar políticas públicas com o objetivo de desenvolver as instituições, qualificar a mão de obra, e fomentar o desenvolvimento financeiro e o comércio internacional; (iv) Em regressões de crescimento para painéis com países com distintos níveis de renda os efeitos do IDE no crescimento são subestimados. Recomenda-se se então que, ao estimar regressões de crescimento para um conjunto de países, estes, sejam categorizados pelo nível de renda. |