Descrição citogenética de 13 morfoespécies de Solenopsis Westwood, 1840 (Hymenoptera: Formicidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Ana Paula Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11674
Resumo: O gênero Solenopsis tem aproximadamente 195 espécies que são popularmente conhecidas como formigas de fogo ou formiga lava-pé. Este gênero possui uma taxonomia difícil a nível morfológico, estando entre as mais complicadas dentre as formigas. Algumas espécies deste gênero, conhecidas como “thief ant”, são predadoras de larvas de S. invicta e poderiam ser usadas em seu controle, mas isso não é possível devido à dificuldade na sua identificação. O objetivo principal deste estudo foi descrever citogeneticamente o gênero Solenopsis. Para isso, foram analisados 30 ninhos utilizando técnicas da citogenética clássica (como coloração convencional com Giemsa, banda C e coloração sequencial com DAPI/CMA 3 ) e citometria de fluxo. Dentre os ninhos analisados foram encontrados 13 morfoespécies. Por meio da citogenética clássica, encontramos 7 números diploides e 11 diferentes fórmulas cariotípica. Quatro dos sete números de cromossomos são descritos pela primeira vez neste estudo para Solenopsis (2n = 24, 26, 28 e 42 cromossomos). Os dados de banda C mostraram que o aumento da quantidade de heterocromatina segue o aumento do número diploide, e essa diferença é mais evidente quando se compara os extremos (2n = 22 e 2n = 42 cromossomos). A identificação das regiões ricas em CG usando CMA 3 possibilitou a identificação uma possível inversão pericêntrica e de uma translocações. A citometria de fluxo foi utilizada para compreender se as células poliploides apresentadas pelas espécies do gênero Solenopsis são naturais e se o número de células poliploides se mantém constante durante o desenvolvimento. Para tanto, determinou-se a ploidia de células do gânglio cefálico de 4 diferentes estágios de desenvolvimento da espécie Solenopsis saevissima (larvas, pré-pupas jovens, pré-pupas velha e pupas) com base na medição do conteúdo de DNA nuclear. Os dados mostraram a presença de células diploides e tetraploides, e estas células apresentaram diferentes proporções dependendo da fase de desenvolvimento analisada. As células tetraploides apresentaram uma diminuição na sua representatividade com a evolução do desenvolvimento da formiga, sugerindo que elas não são permanentes no tecido neural e, provavelmente, não estarão presentes neste tecido em formigas adultas. Esse comportamento difere do que acontece com as células diploides, que tem o seu pico de proliferação no estágio de pré-pupa jovem e em seguida apresentaram uma redução progressiva no número de células em divisão.