Caracterização morfológica e molecular de espécies endofíticas e patogênicas de Colletotrichum associadas a oiti (Licania tomentosa)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lisboa, Daniela de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27414
Resumo: A antracnose é a doença mais importante do oiti (Licania tomentosa), esta espécie florestal é utilizada principalmente para arborização de cidades brasileiras. Entretanto, estudos abrangentes para elucidar a etiologia desta doença são escassos. O objetivo desse trabalho foi identificar, com base em caracteres morfológicos e dados moleculares, as espécies endofíticas e patogênicas de Colletotrichum em oiti. Amostras de folhas sadias e com sintomas típicos de antracnose foram coletadas nos estados de Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Paraná, Alagoas e no Distrito Federal. Um total de 32 isolados monospóricos (8 endofíticos e 24 patogênicos) foram obtidos por isolamento indireto (folhas assintomáticas e sintomáticas) e direto (folhas sintomáticas). O DNA genômico foi extraído para amplificação da região parcial do gene GAPDH. As sequências foram comparadas no banco de dados Q-Bank Fungi e após uma identificação preliminar, um subconjunto de 6 isolados (patogênicos e endofíticos) foram selecionados para sequenciamento das regiões parciais dos genes ACT, CAL, CHS1, GAPDH, TUB2, SOD2 e ITS. As sete regiões gênicas foram concatenadas para análise por Inferência Bayesiana. Após a identificação molecular, um isolado representativo de cada espécie foi selecionado para caracterização morfológica (taxa de crescimento da colônia, forma e tamanho de conídios e apressórios). Para comprovar a patogenicidade, plantas de L. tomentosa foram inoculadas com discos de micélio na superfície adaxial das folhas. A caracterização morfológica e análise filogenética confirmaram que todos isolados pertenceram ao complexo C. gloeosporioides, sendo as espécies C. fructicola e C. tropicale encontradas apenas endofíticamente, enquanto Colletotrichum sp. nov. encontrada tanto de forma endofítica quanto patogênica. De acordo com o teste de patogenicidade, todas as espécies causaram doença em L. tomentosa. Porém Colletotrichum sp. nov. foi significativamente mais agressiva. Estes resultados sugerem que a antracnose em oiti no Brasil é causada por uma nova espécie de Colletotrichum, ainda desconhecida pela comunidade científica.