Efeitos da participação de consórcios no comportamento dos lances e deságios em leilões de transmissão de energia elétrica no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Tozei, Nayara Peneda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos
Mestrado em Economia Aplicada
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/72
Resumo: Com o desafio de ampliar a capacidade instalada de energia elétrica no Brasil e corrigir problemas enfrentados no setor, foi implantado um processo de reforma estrutural no país. A partir desse processo, a expansão do segmento de transmissão de energia passou a ser feita por meio de licitações para outorga de concessão, utilizando o instrumento de leilões. Promover competição em leilões para outorga de concessão de serviços públicos de transmissão de energia elétrica, no Brasil, é uma das preocupações da Agência Nacional de Energia Elétrica. Os editais de licitação permitem a participação tanto de empresas isoladamente como de consórcios. Estes podem ter efeitos positivos ou negativos sobre a competição. O foco deste trabalho foi verificar o efeito dos consórcios sobre os lances e os deságios dos lances, ou seja, se os lances dados de forma conjunta foram lances maiores ou menores e se os deságios foram maiores ou menores em relação aos das empresas que participaram de forma isolada. Foram considerados os leilões realizados no Brasil de 2000 a 2011, no segmento de transmissão de energia elétrica. Foram feitas estimativas utilizando modelos com variáveis instrumentais e de tratamento de efeitos, para considerar a endogeneidade na decisão das empresas de formar consórcios. As estimativas dos 606 lances vencedores e perdedores (modelo pooled) e do modelo com apenas as 148 propostas vencedoras foram similares. Os consórcios, na média, se relacionaram a lances maiores e deságios menores, ou seja, menos competitivos. Também foram feitas análises descritivas sobre os participantes nos leilões e sobre a relação dos deságios com fatores institucionais, para caracterizar a competição no segmento. Estudos futuros devem verificar os fatores que levaram os consórcios a lances menos competitivos. As razões para isso podem indicar melhorias a serem feitas nos desenhos dos próximos leilões, para estimular lances mais competitivos pelos consórcios e reduzir estimações otimistas de empresas individuais.