Diversidade e distribuição geográfica de Leguminosae Adans. na Amazônia Meridional, Mato Grosso, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Gonçalves, Ivani Kuntz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática
Mestrado em Botânica
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2546
Resumo: Leguminosae entre as angiospermas é a família que possui maior riqueza de espécies nos diferentes domínios fitogeográficos do Brasil. Os padrões de diversidade têm como processos determinantes os níveis de variação dos fatores ambientais tais como o solo e abertura de dossel. O presente estudo teve como objetivos o levantamento florístico de Leguminosae em três áreas no município de Cláudia, Estado de Mato Grosso; comparação florística; determinação de padrões de distribuição geográfica e análise de diversidade das espécies. A metodologia de amostragem para análise de diversidade, é a mesma utilizada no PPBio. Foram alocados três módulos de pesquisa 1, 2 e 3. A identificação das espécies foi realizada com base na literatura específica, consulta a especialistas e visita aos herbários INPA, RB e VIC. A comparação florística das espécies arbóreas foi realizada com base em uma matriz de presença e ausência, cujos dados foram obtidos em trabalhos realizados na região, obtidos na literatura. Os padrões de distribuição geográfica foram estabelecidos com base nos dados de ocorrência das espécies obtidos do levantamento florístico realizado nos módulos, utilizando a nomenclatura de padrões da literatura. Para determinar possíveis diferenças na diversidade florística entre as áreas amostradas, foi utilizada uma análise de variância (ANOVA), o índice de diversidade calculado para cada parcela foi o de Simpson. Para a análise da variável ambiental solo, foi coletada uma amostra composta de solo por parcela com profundidade de 0 10 cm de forma sistemática a cada 50 metros e para a variável ambiental abertura do dossel, as medidas foram feitas em cinco pontos equidistantes a 50 m. Leguminosae está representada por 58 táxons distribuídos em 33 gêneros e 13 tribos. Papilionoideae apresentou o maior número de gêneros (15) e tribos (6), seguida por Caesalpinioideae, com (9) gêneros e (4) tribos, e Mimosoideae com (9) gêneros e (3) tribos. As tribos mais representativas foram Ingeae (16 spp) e Dalbergieae (9 spp). O módulo 1 apresentou os maiores valores de diversidade, e os módulos 2 e 3, a maior variação na amplitude de valores. Entre as áreas comparadas Leguminosae apresentou 47 espécies arbóreas sendo que a subfamília mais representativa foi Mimosoideae (29 ssp.) seguida por Papilionoideae (22 ssp.) e Caesalpinioideae (19 ssp.) O gênero mais representativo foi Inga com (15 ssp.). Foram encontradas em comum entre as áreas comparadas 16 espécies: Abarema jupunba (Willd.) Britton & Killip, Dialium guianense (Aubl.) Sandw, Dipteryx odorata (Aubl.) Willd, Enterolobium schomburgkii (Benth.) Benth, Hymenaea courbaril L. var. courbaril, Hymenolobium pulcherrimum Ducke, Inga alba (Sw.) Willd., Inga heterophylla Willd., Inga thibaudiana DC. subsp. thibaudiana, Inga vera subsp. affinis (D.C.) T.D. Penn., Inga pilosula (Rich.) J.F.Macbr., Ormosia flava (Ducke) Rudd, Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp., Senna silvestris (Vell.) Irwin & Barneby, Stryphnodendron guianense subsp. glandulosum Forero, Zygia cataractae (Kunth) L. Rico. Essas espécies pertencem a 11 gêneros, sendo Inga o mais representativo com 5 espécies. A Floresta de transição Ombrófila/Estacional dos módulos apresentou o mesmo resultado em relação a Inga sendo o mais representativo com 8 espécies. Oito padrões de distribuição geográfica foram determinados: 1. Ampla Distribuição Geográfica (2 ssp.); 2. Neotropical (10 ssp.); 3. América do Sul e Central (7 ssp.); 4. América do Sul Ocidental-Centro-Oriental (5 ssp.); 5. América do Sul-Ocidental-Centro-Oriental-Amazônico (10 ssp.); 6. Brasil Ocidental-Centro-Oriental (4 ssp.); 7. Brasil Centro-Nordeste (1 ssp); 8. Brasil Centro-Norte-Amazônico (3 ssp.). O modelode regressão múltipla multivariada foi capaz de evidenciar um efeito significativo na textura do solo na distribuição das espécies de Leguminosae tanto para os dados de abundância quanto para os dados de ocorrência, portanto, a variação no solo afeta a variação espacial de espécies vegetais.