Modelagem ecohidrológica uni e bidimensional do rio Formoso (MG)
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Construções rurais e ambiência; Energia na agricultura; Mecanização agrícola; Processamento de produ Mestrado em Engenharia Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3641 |
Resumo: | Objetivou-se, neste trabalho, avaliar as abordagens unidimensional e bidimensional na modelagem ecohidrológica do rio Formoso (MG). Foram avaliados os resultados das simulações hidráulicas, bem como das simulações de habitat e de vazão ecológica para as espécies de peixe de interesse, produzidos pelo modelo unidimensional PHABSIM e pelo modelo bidimensional River2D. Para tanto, foi necessário quantificar, in situ, diversas variáveis hidráulicas, hidrológicas e biológicas em dois trechos de monitoramento de 1 km de extensão do rio Formoso (Trechos 1 e 2). Foram realizadas quatro campanhas de campo, duas em período seco (Julho de 2011 e Junho de 2012) e duas em período chuvoso (Março de 2011 e Fevereiro de 2012). As espécies Hypostomus auroguttatus (Cascudo), Oligosarcus hepsetus (Lambari-cachorro) e Leporinus mormyrops (Timburé) foram consideradas as espécies-alvo do estudo, sendo, portanto, utilizadas na caracterização do ecossistema aquático do rio Formoso em sua modelagem de habitat. Os resultados obtidos com as modelagens uni e bidimensional revelaram que os modelos PHABSIM e River2D se mostraram aptos a serem utilizados nas simulações hidráulicas e de habitat nos dois trechos estudados no rio Formoso. A avaliação do desempenho da modelagem hidráulica dos modelos em questão indicou que o PHABSIM apresentou melhores ajustes entre os dados observados e simulados para as variáveis hidráulicas profundidade e velocidade. Todavia, a modelagem de habitat realizada por este modelo, quando comparada com aquela realizada pelo River2D, mostrou-se incapaz de avaliar, com precisão, as características reais do habitat físico nos segmentos do rio localizados entre as seções transversais de monitoramento. As vazões ecológicas propostas com base nos modelos PHABSIM e River2D foram equivalentes para o Trecho 1, variando entre 3,15 e 5,17 m³/s. Já para o Trecho 2, os valores de vazões ecológicas propostos com base no modelo PHABSIM ficaram entre 4,27 e 5,01 m3/s e, com base no modelo River2D, entre 3,74 e 5,01 m3/s. Tais vazões apresentaram valores expressivamente maiores que aqueles correspondentes aos percentuais não outorgáveis de vazões mínimas de referência previstos nas legislações vigentes em níveis estaduais e federal (50% Q7,10, 50% Q90 e 30% Q95), revelando a necessidade de se avaliar os resultados obtidos mediante a utilização dos modelos em questão em associação com os aspectos socioeconômicos envolvidos na gestão hídrica, a fim de se determinar regimes de vazão, para ambos os trechos de estudo do rio Formoso, que sejam capazes de cumprir, da melhor maneira possível, suas funções ecológica, sanitária, social e econômica. |