Desinfestação anaeróbica do solo e indutores de germinação de escleródios no manejo de Stromatinia cepivora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Quintino, Augusto Nicomedes Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Agronomia - Produção Vegetal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31978
https://doi.org/10.47328/ufvcrp.2023.007
Resumo: Os fungos fitopatogênicos habitantes de solo são uma das maiores preocupações na agricultura, causando perdas em diversas espécies de plantas, limitando o cultivo em áreas infestadas, principalmente em culturas de alto valor de investimento, a exemplo o alho (Allium sativum L.). A podridão-branca, causada pelo fungo Stromatinia cepivora, é uma das doenças mais devastadoras do alho em todo o mundo, principalmente devido ao seu difícil controle e longevidade dos escleródios do patógeno no solo. Devido à ineficiência de muitos métodos de manejo, estudos por alternativas tem se intensificado. Uma técnica promissora é a desinfestação anaeróbica do solo (DAS) que já demonstrou eficiência no controle de diversos patógenos de solo; porém, pouco se sabe quanto ao efeito sobre S. cepivora em condições de campo. Outra forma de manejo dessa doença é o uso de estimulantes da germinação de escleródios. A hipótese deste trabalho é que a integração de ambas as práticas reduz a densidade de inóculo de S. cepivora no solo. Experimentos foram conduzidos em área naturalmente infestada pelo fungo, onde foram avaliados os efeitos de etanol, sacarose, composto orgânico, palha de café como fontes de carbono para a DAS com período de incubação de dez semanas. Os estimulantes de germinação avaliados foram extrato aquoso de alho (20%; m:v) e um produto formulado à base de alicina. A DAS não reduziu o número de escleródios totais no solo; porém, reduziu a densidade de escleródios viáveis em 63,3% quando etanol foi usado como fonte de carbono e em 48,8%, com o uso de sacarose. Houve incremento de escleródios chochos de 333, 337, 1133 e 1266% ao utilizar composto orgânico, etanol, palha de café e sacarose, respectivamente. A aplicação somente de extrato de alho reduziu o número de escleródios totais em 61,8% e de viáveis em 38,3%, já a alicina reduziu em 75,0 e 64,7%, respectivamente. Na integração da DAS com indutores de germinação, o número de escleródios chochos aumentou na faixa de 42,9% no tratamento com palha de café + alicina e em até 1700% ao utilizar composto orgânico + extrato de alho. A densidade de escleródios viáveis foi reduzida em 38% com composto orgânico + extrato de alho e em 100% com composto orgânico + alicina. Em relação ao número de escleródios totais, a redução foi de 61,5% com composto orgânico + alicina e até 80% com sacarose + alicina. As Os resultados mais promissores foram obtidos pela integração da DAS com etanol ou sacarose com a posterior aplicação de alicina. Assim, o uso integrado de DAS e indutores de germinação pode ser opção para o manejo de S. cepivora. Palavras-chave: Desinfestação biológica do solo. Sclerotium cepivorum. Allium spp.