Avaliação da eficiência de sabonetes com triclosan sobre suspensões bacterianas de Escherichia coli e Staphylococcus aureus aplicadas sobre a superfície das mãos de voluntários
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência de Alimentos; Tecnologia de Alimentos; Engenharia de Alimentos Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2926 |
Resumo: | Testes para avaliação de sabonetes antissépticos são fundamentais para comprovação de eficiência dos diferentes sabonetes disponíveis no mercado, além de constituírem uma orientação segura na escolha daqueles destinados aos procedimentos de higienização nas mais diversas áreas. Neste estudo foram analisadas cinco marcas de sabonetes líquidos antissépticos contendo triclosan na concentração de 0,5 % (m/m) e um sabonete líquido neutro para avaliar a real necessidade de se utilizar produtos com ação antimicrobiana em indústrias, hospitais e residências. Foram realizadas as seguintes etapas: I) avaliação das características físico-químicas dos sabonetes; II) avaliação do teor de triclosan nos sabonetes antissépticos; III) avaliação da atividade bacteriostática/bactericida do triclosan a 0,5 % (m/v) sobre suspensões bacterianas de Escherichia coli e Staphylococcus aureus; IV) avaliação da eficiência dos sabonetes sobre suspensões bacterianas de E. coli e S. aureus por meio do teste de inibição da multiplicação microbiana por difusão em ágar; e V) avaliação da eficiência dos sabonetes sobre suspensões bacterianas de E. coli e S. aureus em condições reais, usando voluntários, em condições padronizadas. Os valores encontrados tanto para viscosidade quanto para tensão interfacial dos sabonetes diferiram muito, variando de 268 a 793 centistokes e de 14,42 a 26,89 mN/m, respectivamente, o que provavelmente ocorreu devido às suas diferentes formulações. O pH variou de 5,95 a 7,07, tendo apenas o sabonete neutro se aproximado do pH fisiológico da pele (4,2 a 5,9). A densidade entre os sabonetes variou pouco, de 1,0131 a 1,0233 g/mL, apesar de as formulações serem diferentes. Apenas um dos sabonetes antissépticos apresentou teor de triclosan abaixo do especificado no rótulo da embalagem. Nas condições deste experimento, o triclosan a 0,5 % (m/v) apresentou efeito bactericida e não bacteriostático sobre os micro- organismos E. coli e S. aureus. A bactéria gram-negativa E. coli foi menos sensível à ação dos sabonetes do que a bactéria gram-positiva S. aureus no teste de inibição da multiplicação microbiana por difusão em ágar, o que provavelmente ocorreu devido à diferença entre a parede celular de ambas as bactérias. No teste utilizando voluntários não houve diferença significativa (p>0,05) entre os efeitos dos seis sabonetes (1 a 6) para as duas bactérias em estudo, o que indica que o uso de sabonetes líquidos contendo triclosan não é necessário no processo de lavagem das mãos. A capacidade de recuperação das bactérias E. coli e S. aureus das mãos dos voluntários foi diferente no teste de adesão. A recuperação de E. coli atingiu média de 4,36 log UFC/mão, enquanto para S. aureus esse valor foi de 5,66 log UFC/mão. Considerando que foram adicionados entre 8-9 log de UFC/mL às mãos dos voluntários e que o procedimento de remoção desses micro-organismos estava muito bem padronizado, pode-se afirmar que E. coli foi a espécie mais difícil de ser removida, ou seja, a que aderiu mais fortemente às mãos. |