Cidadão como um sensor humano voluntário em uma sociedade habilitada espacialmente: um estudo de caso com informação geográfica voluntária na área de segurança pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Vidal Filho, Jarbas Nunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Metodologias e técnicas da Computação; Sistemas de Computação
Mestrado em Ciência da Computação
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2652
Resumo: Segurança Pública passou a ser um problema de todos no Brasil. Todos os dias, jornalistas divulgam notícias sobre a violência no país, muitas vezes mostrando os problemas para os responsáveis pela segurança pública, pesquisadores desenvolvem pesquisas com o objetivo de ajudar o trabalho da polícia, o governo investe cada vez mais em segurança pública, a polícia utiliza novas técnicas ou ferramentas para combater a criminalidade e o cidadão utiliza os recursos disponíveis para denunciar ou se prevenir de um ato de violência. No entanto, ainda existe uma grande falta de ferramentas que aproxime a população da polícia. Com a evolução da Web 1.0 para a Web 2.0 surgiram os chamados sistemas Web colaborativos que permitem aos usuários maior interação com o conteúdo disponível na Internet, por exemplo, para inserir ou modificar uma informação disponível. Uma nova forma de produzir informação com base em suas coordenadas geográficas ficou conhecida como Informação Geográfica Voluntária (do inglês, Volunteered Geographic Information VGI), possibilitando ao cidadão descrever a situação da sua rua, bairro ou região, de forma voluntária, seja na área de segurança pública ou qualquer outra área. A utilização de sistemas de VGI facilita a aproximação do cidadão com a polícia, pois passa uma ideia de anonimato total, o que muitas vezes não é possível com a utilização do serviço convencional 190 da polícia. Além disso, a VGI se torna mais um parâmetro para tornar uma sociedade habilitada espacialmente. Neste tipo de sociedade, o cidadão pode agir como um sensor humano voluntário na sua região, denunciando, relatando problemas de falta de segurança, registrando uma ocorrência policial, revisando os dados de VGI, entre outras. O objetivo deste projeto é pesquisar meios de integrar ferramentas da Web 2.0 com mecanismos de suporte à VGI, visando contribuir para uma sociedade habilitada espacialmente no âmbito de Segurança Pública. A ideia é que neste tipo de sociedade o cidadão irá atuar como um sensor humano voluntário no combate à violência, fornecendo e utilizando informação espacial disponíveis em tempo real. Um sistema de VGI foi desenvolvido para tornar a cidade de Mossoró/RN habilitada espacialmente, permitindo que o cidadão colabore de forma voluntária e também questione a qualidade do dado de VGI, melhorando a colaboração ou retirando a credibilidade da mesma. Além disso, é realizado um estudo comparativo entre a base de dados do sistema desenvolvido e os dados oficiais da polícia militar de Mossoró/RN, fornecendo por meio de estudos estatísticos o ganho de informação para a polícia militar com a utilização do sistema de VGI. E utilizando a estatística espacial, foram aplicadas as técnicas exploratórias de áreas para analisar quatro tipos de ocorrências policiais da base da VGI e da polícia militar, mostrando a correlação espacial existente entre os bairros de Mossoró/RN para cada um dos quatro tipos analisados. Foram comparadas as análises nas duas bases, a fim de identificar semelhanças ou diferenças entre as duas bases que foram analisadas espacialmente.