O impacto do jogador curinga nas demandas físicas e psicofisiológicas em jogos reduzidos de futebol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Campos, Matheus Gomes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Educação Física
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br/handle/123456789/33371
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.777
Resumo: Esta dissertação teve o objetivo de analisar o efeito da manipulação do número de jogadores de futebol em jogos reduzidos condicionados para a verificação de variáveis físicas e psicofisiológicas, utilizando diferentes tipos de superioridade numérica. Para tal, foram desenvolvidos três estudos. No primeiro estudo, o objetivo foi analisar, por meio de uma revisão sistemática da literatura, estruturas de jogos reduzidos condicionados com jogadores curinga e demandas físicas e/ou psicofisiológicas. A busca encontrou 323 registros entre os anos de 2002 a 2022. Após a triagem, foram incluídos 11 estudos que analisaram variáveis físicas, as zonas de velocidade, distância total percorrida, acelerações e desacelerações. Para variáveis psicofisiológicas, alguns estudos utilizaram a frequência cardíaca (FC), lactato sanguíneo e percepção subjetiva de esforço. As formas de estruturas empregadas mais presentes foram 3 vs.3 + 1, 3 vs. 3 + 2 e 4 vs. 4 + 2. Todos os valores de FC se apresentaram acima de 75% da FC máxima, lactato acima de 2,2 mmol/L, percepção subjetiva de esforço (PSE) dentro da faixa de exercício moderado-muito forte e distância total percorrida (DTP) com apenas três estudos abaixo de 100 metros/minuto. No segundo estudo, o objetivo foi identificar e comparar as demandas físicas e psicofisiológicas de jogadores regulares e curingas, através da manipulação do número de jogadores, para análise do efeito de diferentes superioridades numéricas. A amostra foi composta por 27 jovens do sexo masculino (16,4 ± 1,7 anos, 62,9, 179,5 ± 5,6 cm) de três categorias de base de diferentes faixas etárias, sendo elas Sub-15 (n=9), Sub-17 (n=9) e Sub-20 (n=9). Os voluntários realizaram três jogos condicionados representados por uma igualdade numérica (4 vs. 4), superioridade numérica fixa (5 vs. 4) e superioridade momentânea através do jogador curinga (4 vs.4 + 1). Na categoria Sub-15, houve um aumento significativo na FC de treino (FCt), PSE, DTP e zona de velocidade 1 (D1). Para a categoria sub-17, houve um aumento significativo na D1 e zona de velocidade 2 (D2). Para a categoria sub-20, houve uma diminuição significativa na FC de recuperação (FC rec), desacelerações (DEC), acelerações máximas (Máx Dec), velocidade máxima (Vel Máx), e D1. Por fim, a manipulação de diferentes estruturas de JRC utilizando superioridades numéricas distintas, especialmente para as cargas físicas, deve ser controlada dentro do processo do treinamento do futebol com JRC. No terceiro estudo, o objetivo foi comparar e analisar se diferentes estruturas de JRC influenciam as demandas físicas e psicofisiológicas entre diferentes grupos de atletas de categorias de base. Apresentaram diferenças significativas, respectivamente, as zonas de velocidade 1, 2, 3 e 4 (D1, D2, D3 e D4), Sprints e distância total de sprints (DTP Sprints), DTP, Máx DEC, número de acelerações (ACEL), e número de desacelerações (DEC). Os resultados encontrados mostraram que de todas as diferenças significativas encontradas nas comparações entre categorias, a Sub-20 obteve maiores valores em relação a Sub- 15 ou Sub-17. É possível concluir que os diferentes tipos de JRC podem sofrer o efeito da manipulação de jogadores para cargas físicas e psicofisiológicas. Palavras-chave: futebol; jogos reduzidos; demandas físicas; jogador curinga; esporte.