Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Giselle Vaz de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9622
|
Resumo: |
A cultura da cana-de-açúcar está entre as mais importantes do Brasil. Para manutenção da produtividade, maior qualidade da matéria prima e menores custos de produção o método químico de controle de plantas daninhas é o mais utilizado nesta cultura. Mesmo com todos os benefícios atrelados ao uso dos herbicidas, na prática são observados inúmeros efeitos adversos ao ambiente decorrentes do uso desses compostos sem o conhecimento de suas interações com a matriz do solo. O comportamento dos herbicidas no solo é influenciado pelos processos de retenção, transformação e transporte dessas moléculas no ambiente. Os processos de retenção e transformação governam o transporte dos herbicidas, por isso podem favorecer ou não a contaminação das águas superficiais e subterrâneas por esses compostos. O processo de retenção define a disponibilidade dos herbicidas na solução do solo e tem influência direta na meia-vida dos mesmos no solo. Os herbicidas diuron e hexazinone normalmente aplicados em mistura se destacam pela eficiência e espectro de controle de espécies de plantas daninhas na cultura da cana-de-açúcar. No entanto, existem na literatura poucos estudos sobre o comportamento dessa mistura no solo. Com esse propósito, objetivou-se nesta pesquisa estudar a sorção, dessorção e meia-vida do diuron e hexazinone em solos de diferentes regiões do Brasil, quando aplicados de forma isolada ou em mistura formulada. As amostras dos Latossolo Vermelho-Amarelo foram coletadas nos municípios de Gurupi-TO e de Viçosa-MG, sendo subdivididas e incubadas com diferentes concentrações de matéria orgânica proveniente de esterco bovino. Coletou-se, também, uma amostra de um Organossolo no município de Venda Nova do Imigrante- ES. A meia-vida do diuron e do hexazinone em mistura foi determinada em amostras dos três solos. As isotermas de sorção e dessorção foram construídas utilizando o método batch equilíbrium e a identificação e quantificação dos herbicidas nos solos foram feitas por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) com detector UV-Vis. A meia-vida foi avaliada em períodos de 1, 30, 60, 90, 120, 150, 180, 210 e 240 dias após aplicação do herbicida na dose equivalente a 3,0 kg ha-1 do produto comercial Hexazinone-D nortox (132 g kg-1 de hexazinone + 468 g kg-1 de diuron). Em todos os solos o diuron e o hexazinone apresentaram valores de coeficiente de sorção (Kf) maiores quando em mistura. Observou-se relação direta entre adição de esterco ao substrato e valores do Kf. Maiores valores de dessorção (Kfd) em relação aos da sorção ocorreram nos solos Latossolo Vermelho-Amarelo coletadas nos municípios de Gurupi- TO e de Viçosa-MG; indicando liberação gradual no tempo desses herbicidas para a solução dos solos quando se faz adubações orgânicas. Para o Organossolo a dessorção foi muito baixa não sendo possível sua quantificação pelo método utilizado. Os valores de meia vida (t 1⁄2) observados permitiram classificar o diuron e o hexazinone como persistente e de persistência intermediaria nos solos, respectivamente. Concluiu-se que a utilização dos herbicidas diuron e hexazinone em mistura apresenta vantagens do ponto de vista ambiental porque quando aplicados separados são classificados como lixiviáveis e em mistura não lixiviáveis. A adubação orgânica aumenta a retenção desses produtos na matriz dos solos por interações fracas, uma vez que tanto o processo de sorção como de dessorção são favorecidos nesse caso. Existe relação direta entre o teor de matéria orgânica do solo e meia-vida do diuron. Esta relação é inversa para o hexazinone. |