Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bengala, Pedro Santos Peno |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/24685
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Resumo: |
Milho e sorgo são as principais culturas agrícolas produzidas para fornecer energia e volumosos à bovinocultura de leite e corte. Essas plantas possuem usos similares, porém, apresentam características morfológicas, fenológicas e fisiológicas distintas. Sabe-se que o sorgo é mais tolerante ao estresse que o milho, porém o milho é mais produtivo sob condições adequadas. Nesse sentido, esses cultivos podem ser trabalhados de forma complementar em função do ambiente de produção (fertilidade do solo, época de semeadura, nível tecnológico). No entanto, independentemente da situação específica, o produtor precisa compreender melhor como o meio ambiente influencia a fenologia, crescimento e fisiologia de plantas de sorgo e milho em função dos cultivos de 1a e 2a safras, e quais melhores sistemas de produção visando altos rendimentos, com reflexos sobre o lucro obtido. A hipótese desse trabalho baseia-se no fato de que plantas de sorgo e milho são influenciadas de maneira distinta pelas condições ambientais de cultivo de 1a e 2a safras e que há uma sequência de cultivo e sucessão que possibilite maior eficiência econômica e produtiva para produção de silagem. Para isso, desenvolveram-se dois experimentos independentes, apresentados em dois capítulos. No primeiro capítulo, aborda-se o estudo relativo à análise de crescimento nas culturas de milho e sorgo em função das condições ambientais de 1a e 2a safras, cujo objetivo foi fazer uma análise de crescimento nas culturas de milho e sorgo em função das condições ambientais de 1a e 2a safras. As culturas de milho e sorgo foram semeadas no campo, sendo avaliados em duas safras consecutivas (1a e 2a safras). Foram realizadas caracterização fenológica, análises de crescimento (altura de plantas, área foliar e partição de fotoassimilados) e avaliações fisiológicas (condutância estomática, transpiração, taxa de fotossíntese líquida, eficiência no uso da água - EUA, densidade estomática, densidade e tamanho de células), em duas épocas 1a e 2a safras. Verificou-se que, o estágio vegetativo (EV) tanto do sorgo quanto do milho foram prolongados quando cultivado na 2a safra em função da menor soma de graus dias acumulada. A fotossíntese líquida das duas culturas sofreram redução na 2a safra, porém plantas de sorgo tiveram melhor desempenho ao longo do seu ciclo nesse período de cultivo. O sorgo apresentou maior desempenho na EUA no cultivo de 2a safra em comparação como milho. Conclui-se que as condições ambientais de cultivo na 1a e 2a safras exercem influência sobre a fenologia, crescimento e fisiologia de plantas de milho e sorgo, e ambas culturas respondem de maneira diferenciada às condições climáticas. No segundo capítulo apresenta-se o estudo relativo à eficiência econômica e produtiva de diferentes sistemas de produção de silagem de milho e sorgo cultivados na 1a e 2a safras, cujo objetivo foi avaliar qual sequência de cultivo em plantio e sucessão proporciona maior eficiência econômica-produtiva para produção de silagem entre milho e sorgo na 1a e 2a safras. Foram avaliadas características de crescimento (altura de plantas, número de folhas e partição de assimilados), produtividade, custos de produção e qualidade da silagem. Verificou-se as maiores alturas e número de folhas nos tratamentos com milho no sistema safra-safrinha. Houve variação para os componentes estruturais das plantas, observando-se maior partição de espigas e folhas nos tratamentos com milho e maior partição de colmo nos tratamentos com sorgo. Os tramentos com sorgo apresentaram maiores produtividades na 1a safra, com redução na 2a safra quando comparados com milho. O custo operacional efetivo apresentou diferença entre os tratamentos sendo que a principal diferença entre milho e sorgo foi o custo com aquisição de sementes. Conclui-se que o sistema de cultivo com sorgo na 1a safra e milho na 2a safra apresentou melhor eficiência econômico-produtiva. Por fim, quando considerado os dois experimentos, pode-se considerar que o sorgo apresenta maior plasticidade fisiológica nos cultivos de 2a safra e, melhor eficiência no uso da água e menor custo por hectare cultivado, principalmente quando se considera o uso da rebrota. Por outro lado, mesmo com maior custo de produção por hectare, o custo final da tonelada de silagem produzida de milho foi inferior à do sorgo uma vez que o milho foi mais produtivo, além de resultar em silagem de melhor qualidade. Nos sistemas de produção analisado, o menor custo de produção de silagem (R$/ton) foi arranjo produtivo semeando sorgo na 1a safra e milho na 2a safra em sucessão. |