Uso de sondas fluorescentes e do ensaio de ligação do espermatozoide de cão (Canis lupus familiaris) à membrana perivitelina do ovo de galinha (Gallus gallus) como método para predição da capacidade fertilizante do sêmen
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Doutorado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1451 |
Resumo: | O processo de congelamento/descongelamento traz prejuízos, alguns irreversíveis, à célula espermática. Dentre estes podem ser citados a perda de motilidade, desestabilização de membranas, e por conseqüência, quedas no potencial fertilizante do espermatozoide. Devido a estas injúrias, testes capazes de avaliar o grau destes danos em um ejaculado tornam-se fundamentais para o desenvolvimento de protocolos mais eficientes de congelamento/descongelamento. Os testes utilizados na rotina da avaliação de sêmen, contudo, possuem falhas que podem gerar viés de interpretação dos resultados. O uso de sondas fluorescentes vem mostrando bons resultados no que diz respeito à avaliação de organelas e compartimentos específicos destas células, contribuindo assim para uma avaliação mais precisa das lesões celulares. Neste estudo, a associação das sondas fluorescentes iodeto de propídio, Hoechst 33342 e FITC-PSA mostrou-se eficaz para distinguir diferentes populações de espermatozoides em ejaculados de cão doméstico. Foram distintas as populações: II (membranas plasmática e acrossomal íntegras), IL (membrana plasmática íntegra e acrossomal lesionada), LI (membrana plasmática lesionada e acrossomal íntegra) e LL (ambas as membranas lesionadas). A utilização desta associação também permitiu quantificar e qualificar danos causados pelo processo de congelamento/descongelamento no sêmen desta espécie. Porém, pouca correlação foi observada entre a coloração por sondas fluorescentes e os testes de rotina utilizados na avaliação do sêmen canino, o que sugere a inclusão das sondas nos protocolos de análise de sêmen, uma vez que são indicadores mais precisos de injúrias à célula espermática. Entretanto, nem os testes de rotina e nem as sondas, são eficientes para predizer a capacidade do espermatozoide de ligar-se ao ovócito, evento crucial para a fecundação. Neste sentido, testes de ligação entre espermatozoides e ovócitos deveriam sempre fazer parte das pesquisas envolvendo avaliação de protocolos de congelamento/descongelamento de sêmen. Uma limitação à interpretação de tais testes seria o efeito fêmea e o status metabólico dos ovócitos, o que leva a busca de substratos de mais fácil obtenção e mais homogêneos. A membrana perivitelina do ovo de galinha tem se mostrado eficiente na avaliação da capacidade de ligação do sêmen em diversas espécies. Neste estudo utilizou-se tanto as sondas fluorescentes como os ensaios de ligação para a avaliação do sêmen do cão doméstico, além dos testes utilizados rotineiramente. O teste de ligação de espermatozoides à membrana perivitelina da gema do ovo de galinha apresenta comportamento semelhante aos resultados dos ditos testes de rotina da avaliação do sêmen, assim como os testes com o uso de sondas fluorescentes, apresentando diferença quando comparados sêmen fresco e sêmen descongelado (p < 0,05). O número de células coradas pelo iodeto de propídio aumentou do tratamento a fresco para o descongelado, ao passo que as células coradas pelo Hoechst 33342 diminuiram (p < 0,05). Neste estudo o teste hiposmótico no sêmen a fresco foi o único teste a correlacionar-se positiva e significativamente com o número de espermatozoides ligados à membrana perivitelina da gema do ovo de galinha no sêmen descongelado. O comportamento da membrana perivitelina e das sondas entre os tratamentos mostrou sensibilidade da membrana em distinguir sêmens de diferentes potenciais de ligação (p < 0,05). |