Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Gasparini Junior, Alcemar José |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8826
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Resumo: |
Este trabalho teve por objetivos, analisar a estrutura e a florística da comunidade arbórea, após um período de vinte anos e caracterizar a regeneração natural de um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual, “Reserva da Biologia”, no “campus” da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG. A área de estudos encontra-se em regeneração há 77 anos, e as taxas de natalidade, mortalidade e de crescimento populacional de espécies arbóreas foram avaliadas em 1984 e em 2003. A partir da premissa de que o número de espécies secundárias tardias tende a aumentar com o tempo e as espécies pioneiras tendem a diminuir, esse trabalho procurou verificar se existiram diferenças na taxa de natalidade e mortalidade entre as espécies nos diferentes grupos funcionais. Confirmou-se que no período analisado houve diferenças na taxa de natalidade e mortalidade entre as espécies dos diferentes grupos funcionais. As quinze espécies mais abundantes no ano de 1984, que representaram a classe I de densidade (maior ou igual a 15 indivíduos por ha), foram responsáveis por 76.4% do recrutamento, contra 13.6% da classe II (maior ou igual a 5 e menor que 15 indivíduos por ha), e 5.8% da classe III (1 a 4 indivíduos por ha). Em todas as classes de densidade as espécies secundárias iniciais estiveram presentes com maiores diversidades. As classes II e III apresentaram 28 e 47 espécies, respectivamente, representadas por populações menores do que as observadas na classe I. Observou-se redução nos índices (H’) e (J’) refletindo menor heterogeneidade do componente arbóreo em 2003. O número de espécies e indivíduos aumentou em 11 e 20% respectivamente. A área basal apresentou um acréscimo de 23.5%. As espécies secundárias iniciais e tardias cresceram 27.8 e 30.5%, respectivamente, sendo verificada redução de 24.8 % no número de indivíduos do grupo das pioneiras. Tanto quanto em 1984, em 2003 amostrou-se uma área de 1ha, dividida em 100 parcelas contíguas de 10 X 10m. A partir desta amostra, 10 parcelas foram sorteadas, nas quais os indivíduos foram estratificados em quatro níveis (N) de inclusão para caracterização do estrato regenerante: N-I.- (DAP - diâmetro a altura do peito - maior ou igual 4,7cm/1000m 2 ); N-II: (DAP menor do que 4,7cm e maior do que 1,6cm/1000m 2 ); N-III: (DAP menor do que 1,6cm e altura maior do que 1,5m/250 m 2 ); N-IV: (altura menor do que 1,5m e maior do que 0,3m/62,5 m 2 ). Além de 120 mortos em pé, foram amostrados 2151 indivíduos distribuídos em 100 espécies e 36 famílias botânicas. A área basal foi de 34,359 m 2 /ha. O índice de diversidade Shannon (H’) e a equabilidade (J’) foram de 3,00 e 0,652, respectivamente. As espécies mais freqüentes foram Sorocea bonplandii, Trichilia pallida, Casearia ulmifolia, Siparuna guianensis, Protium warmingianum, Anadenanthera peregrina e Apuleia leiocarpa. As famílias com maiores números de espécies foram Leguminosae (23), Myrtaceae, Rubiaceae e Lauraceae com sete cada uma. Na estratificação da regeneração, foi observada maior riqueza em N-I e maiores diversidade e equabilidade no N-IV. A grande maioria dos indivíduos do estrato regenerante foi enquadrada no grupo funcional de secundária inicial. O 1o estrato mostrou-se heterogêneo com populações apresentando número variável de indivíduos e estes de alturas. A maioria das espécies encontradas na amostragem apresentou síndrome de dispersão zoocórica em todos os níveis de inclusão e o dossel apresentou maior uniformidade na distribuição de espécies anemocóricas e zoocóricas. |