Efeito de desfrutificações seqüenciadas sobre o crescimento e a produção do cafeeiro arábico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Castro, Alberto Moura de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9988
Resumo: Os efeitos da desfrutificação seqüenciada de Coffea arabica cv Catuaí sobre o crescimento e a produção das plantas, foram estudados em condições de campo, de outubro de 1999 a setembro de 2001, em Viçosa, MG. A fase de crescimento ativo das plantas ocorreu entre setembro e março, período em que as temperaturas eram elevadas e as chuvas abundantes. As taxas de crescimento das plantas reduziram-se gradativamente a partir de abril, atingindo valores mínimos entre julho e agosto, quando as temperaturas mostravam-se mais baixas e as chuvas escassas. O crescimento vegetativo mostrou-se correlacionado com os fatores ambientes correntes. A periodicidade do crescimento não foi alterada pela remoção das estruturas reprodutivas, mas as taxas de crescimento foram superiores nas plantas desfrutificadas. Frutos em diferentes estádios de crescimento afetaram diferentemente o crescimento vegetativo do cafeeiro. Nas fases de expansão rápida do fruto e de acúmulo de matéria seca nas sementes, os frutos restringiram a expansão de ramos, o número de nós e o ganho de área foliar. A remoção das estruturas reprodutivas das plantas promoveu aumento no número de brotações de ordem superior. Plantas desfrutificadas no estádio inicial de crescimento dos frutos produziram maior número de estruturas florais no ciclo posterior ao tratamento. Quando efetuada próxima à maturação dos frutos, a desfrutificação levou a um menor número de estruturas florais, semelhantemente ao exibido pelas plantas não-desfrutificadas. No ciclo seguinte, não mais se observou efeito das desfrutificações sobre a intensidade da floração. As desfrutificações seqüenciadas até o final da fase de expansão rápida dos frutos (ciclo 1999/2000) resultaram em aumentos na primeira produção subseqüente de frutos. O número de frutos produzidos nas plantas tratadas logo após a floração principal resultou numa produção 40% maior que a das plantas não-desfrutificadas. Não foi encontrada diferença entre o número de frutos produzidos nas plantas cujos frutos foram removidos no estádio de chumbinho e nas plantas desfrutificadas na fase inicial de formação do endosperma. A produção de plantas desfrutificadas na fase final do enchimento dos grãos não fez aumentar o número de frutos produzidos, que foi idêntico ao das plantas não-desfrutificadas. Não se observou uma correlação definida entre os níveis de carboidratos em ramos e folhas e a produção. O amido parece ter- se acumulado em decorrência das menores taxas de crescimento ou da desfrutificação.