Avaliação do uso do ácido linoléico conjugado e da vitamina E na progressão da aterosclerose em camundongos knockout para o receptor de LDL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Rezende, Angélica Heringer de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Valor nutricional de alimentos e de dietas; Nutrição nas enfermidades agudas e crônicas não transmis
Mestrado em Ciência da Nutrição
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2813
Resumo: Este estudo teve o objetivo de avaliar os efeitos da suplementação com CLA e/ou com vitamina E na progressão da aterosclerose e no perfil de ácidos graxos teciduais de camundongos LDLR -/-, um modelo para hipercolesterolemia familiar. Os animais foram alimentados com dieta semipurificada (CT) ou com dieta aterogênica (AT), durante seis semanas. Após este período, um grupo sofreu eutanásia para avaliação do grau de desenvolvimento da aterosclerose e os outros animais foram alimentados por oito semanas com dieta semipurificada suplementada com 1% de vitamina E (TOC), 1% de 10t,12c-CLA (CLA) ou com 1% de vitamina E + 1% de 10t,12c-CLA (CLA/TOC). O peso dos animais foi monitorado semanalmente e o consumo alimentar diariamente. O perfil de lipídios séricos foi determinado, bem como as concentrações de α-tocoferol e de colesterol no fígado e nas fezes. A peroxidação lipídica no fígado foi determinada pela análise de hidroperóxidos. Os perfis de ácidos graxos do fígado, tecido adiposo e intestino delgado foram analisados por cromatografia gasosa. Avaliou-se a área total da lesão aterosclerótica e o percentual de obstrução da aorta dos diferentes grupos experimentais. As concentrações séricas de colesterol total, de LDL e de triacilgliceróis foram menores nos grupos suplementados com vitamina E. Nestes grupos, a excreção de colesterol foi maior que nos demais e também foram observadas as maiores concentrações hepáticas de α-tocoferol. Por outro lado, no grupo suplementado com vitamina E foi encontrado o maior grau de peroxidação dos lipídios hepáticos. Os perfis de ácidos graxos dos tecidos refletiram a composição de ácidos graxos das dietas. Entretanto, em nenhum dos tecidos analisados foi possível identificar a incorporação do 10t,12c-CLA. Aparentemente, o CLA não foi detectado em função da sua rápida metabolização. Em todos os grupos experimentais, os percentuais de ácidos graxos poliinsaturados no tecido adiposo e no intestino, foram maiores em relação ao grupo CT. A utilização isolada do isômero 10t,12c-CLA não impediu o desenvolvimento de lesões ateroscleróticas na aorta. Por outro lado, a suplementação dietética com vitamina E, assim como a associação de vitamina E e 10t,12c-CLA, reduziram significantemente a área total da lesão e o percentual de obstrução da aorta. Demonstrando, assim, a melhor ação da vitamina E que do 10t,12c-CLA em reduzir a progressão da aterosclerose, a despeito da sua ação antioxidante.