Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Arthur Araújo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/25529
|
Resumo: |
No Brasil, observa-se nos últimos anos, um crescimento considerável da demanda de produtos florestais, fato que incentivou o planejamento dos processos produtivos nas empresas. Dentro deste setor, uma das atividades considerada mais importante é a colheita florestal, devido principalmente, ao risco de perdas de madeira e aos custos envolvidos nesta operação. Diante deste cenário, faz-se necessária uma gestão adequada de todo o processo, sendo relevante a utilização de instrumentos para tomada de decisões em tempo hábil e de uma forma simples. Este trabalho abordou o estudo do desenvolvimento de um novo indicador denominado “Eficiência Global de Máquinas Florestais - EGMF”, como forma de gestão e monitoramento das atividades de corte e extração florestal. Procurou-se identificar os principais fatores que interferiram no desempenho e eficiência das máquinas em estudo, simular melhorias em relação a estes fatores, e realizar um comparativo do desempenho operacional entre as frotas e máquinas analisadas. O experimento foi conduzido em parceria com a Fibria S/A. As coletas de dados foram realizadas durante as operações de colheita florestal nos plantios comerciais da empresa, onde o Harvester realizou a atividade de corte e processamento da árvore e o Forwarder a extração. Na seleção dos parâmetros a serem analisados no processo considerou-se o impacto causado no desempenho das máquinas e no custo envolvido nas operações, sendo selecionadas a produtividade da operação (TP), a eficiência operacional (EO), o consumo de combustível (TC) e a qualidade (TQ). O valor do indicador EGMF foi expresso em percentual, sendo o cálculo EGMF=((3xTP)+(3xEO)+(3xTC)+(1xTQ))/10 para gestão do corte florestal e EGMF=((4xTP)+(3xEO)+(3xTC)/10 para gestão da extração florestal. Utilizou-se neste cálculo a média ponderada devido ao fato de algumas das variáveis apresentarem maior impacto no processo referente às questões de demanda da fábrica e dos custos. Para a simulação de cenários utilizou-se um modelo por Dinâmica de Sistemas que permitiu avaliar o impacto das melhorais propostas na produção anual de madeira e nos custos do processo. Em relação à etapa de corte florestal, somente uma das frotas estudadas (Frota 05) apresentou índice de eficiência global (EGMF) superior à meta estabelecida, tendo o valor de 93,45%. Tal fato pode ser explicado devido à uniformidade e constância de todos parâmetros estudados. Sobre as simulações elaboradas, dentre os nove cenários testados o que mais se destacou foi o cenário 3, que analisou o impacto que pode ser gerado quando se trabalha em áreas de alto volume médio individual (VMI). Para esta simulação, foi observado um acréscimo de aproximadamente 30% nos valores correspondentes ao indicador EGMF e uma produção anual excedente de aproximadamente 2.798.063 m3 de madeira. Tal fato ratifica a grande influência do volume médio individual (VMI) de uma floresta na produtividade da atividade de corte florestal. Ressalta-se também o impacto causado relativo a outras variáveis do processo, como o tempo dispendido em paradas mecânicas (manutenções) e operacionais, como pode ser observado nos resultados do cenário 5, em que todas frotas obtiveram valores de eficiência global superiores à meta quando se propôs a diminuição em 20% no tempo consumido em manutenção corretiva e troca de material de corte. Já em relação à etapa de extração florestal, somente duas das frotas estudadas (Frotas 04 e 05) apresentaram índice de eficiência global (EGMF) superior à meta estabelecida, tendo o valor de 95,72% e 97,44%, respectivamente. Tal fato é explicado principalmente devido ao elevado índice de aproveitamento de consumo de combustível comparado às outras frotas. Em relação à implementação do controle de qualidade da operação de extração florestal recomenda-se a análise das seguintes variáveis: taxa de ocupação da carga; madeira remanescente nos talhões; formação da base das pilhas; e disposição das toras nas pilhas. A escolha destas variáveis se baseou na importância que detêm em relação à produtividade e custos do Forwarder na etapa de extração florestal. Por fim, conclui-se através deste estudo que o indicador EGMF contribuiu significativamente na gestão da colheita florestal, obtendo informações rápidas e de fácil entendimento a partir de uma imensa quantidade e variedade de dados. Recomenda-se sua utilização na gestão diária de ambas operações em campo junto aos operadores da atividade, mostrando aos mesmos as causas dos desvios encontrados, para que em conjunto atuem de forma a minimizá-los e transformá-los em pontos de melhorias no processo. |