Construção participativa de sistemas de tratamento de esgoto doméstico no Assentamento Rural Olga Benário-MG
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Geotecnia; Saneamento ambiental Mestrado em Engenharia Civil UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3786 |
Resumo: | No Brasil, o saneamento básico em zonas rurais encontra-se ainda em situação precária, sobretudo em relação ao tratamento do esgoto domestico, expondo as famílias a focos de contaminação. A participação das comunidades rurais no processo decisório para a escolha das tecnologias de tratamento torna-se essencial para o acesso às informações e o sucesso dos sistemas a serem implantados. Neste contexto, este trabalho foi realizado com o objetivo de conceber e construir, de forma participativa com famílias do assentamento rural Olga Benário, MG, sistemas de tratamento de esgoto mais apropriados à realidade local. No que se refere ao tratamento de efluentes domésticos, destaca-se a gravidade da realidade das famílias, principalmente, nas zonas rurais, onde a situação de saneamento é precária, as quais ficam constantemente sujeitas e vulneráveis a focos de contaminação. A participação da comunidade no processo decisório para a escolha das tecnologias de tratamento é de suma importância para garantir o acesso às informações e a indissociabilidade entre o usuário e o produto. A metodologia com base na pesquisa-ação foi utilizada de forma a aproximar a pesquisa aos anseios da comunidade. O sistema de tratamento de esgoto domestico, composto de duas unidades: tanque de evapotranspiração e wetland construído, foi selecionado para o tratamento de águas negra e cinzas, respectivamente, e construído em três residências do assentamento pelos próprios moradores. A vegetação utilizada no tanque de evapotranspiração foi banana-nanica (Musa paradisiaca) e taioba (Xanthosoma sagittifolium (L.) Schott) e na unidade wetland construída foi lírio do brejo (Hedychium coronarium). Os sistemas foram monitorados em diversos parâmetros físicos, químicos e microbiológicos. As unidades de evapotranspiração alcançaram eficiências médias acima de 90%, em termos de remoção de turbidez, DQO, DBO5, SST, SSD, SSV e SSF, obtendo desenvolvimento foliar desejável e ausência de coliformes totais e E. coli em análises realizadas nas folhas e talos das taiobas. As unidades wetland construídos obtiveram bom desempenho no tratamento de águas cinzas com remoções médias de 86% e 88% para DQO e DBO5, respectivamente, e concentrações de sólidos suspensos totais no efluente variando de 19 e 37 mg.L-1 . |