Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Finamore, Eduardo Belisário Monteiro de Castro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11326
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Resumo: |
O desempenho do setor agrícola tem sido reconhecido como componente crítico no processo de desenvolvimento econômico. Com vistas em entender os padrões de crescimentos do complexo agroindustrial brasileiro no período de 1985 a 1995, este trabalho objetivou mensurar este complexo em termos nominais e reais, a custo de fatores e a preços de mercado, com o fim de avaliar e identificar as trajetórias de crescimento que vem apresentando no processo de abertura comercial, bem como buscar quantificar as fontes de crescimento da economia brasileira. Constatou-se que houve tendência crescente e persistente do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária em todo o período analisado, tanto a custo de fatores quanto a preços de mercado. A participação do complexo agroindustrial no PIB brasileiro, a custo de fatores, considerando o período inicial e final, manteve-se praticamente a mesma, resistindo ao padrão histórico de economias mais avançadas. A custo de fatores, o valor adicionado da agricultura foi maior que o da agroindústria. A preços de mercado, houve reversão de posição entre agropecuária e agroindústria. A principal fonte de crescimento da economia brasileira foi e continua sendo a demanda doméstica, composta de consumo das famílias e do governo e de investimentos líquidos. No entanto, constatou-se mudança de padrão, já que o crescimento da demanda interna, no período 1990/96, foi 50% maior que o do período 1985/90. Este nível de consumo só foi possível com o novo padrão de importações de bens finais, padrão este não observado em nenhum outro país. Pela decomposição do valor bruto da produção e pela análise dos desvios do crescimento proporcional, verificou-se que o complexo agroindustrial ganhou participação no produto total; de um lado, este agregado não perdeu receita, contribuindo para a manutenção de sua participação no valor adicionado da economia brasileira, e, de outro, foi o que menos contribuiu para a entrada de produtos estrangeiros, tanto para demanda final quanto para a intermediária. O crescimento da produtividade dos trabalhadores foi um fenômeno geral em todos os setores da economia brasileira, embora o setor de serviços tenha puxado para baixo a média nacional. Na década de 90, as magnitudes dos ganhos de produtividade dos trabalhadores do complexo agroindustrial e do complexo industrial justificaram os ganhos de participação desses complexos. Na segunda metade da década de 80, observou-se pequeno aumento de produtividade dos trabalhadores para a economia brasileira, sendo o complexo agroindustrial o único a melhorar a produtividade da mão-de- obra. Ao analisar a Produtividade Total dos Fatores, verificou-se que, no período analisado, em termos agregados, não houve ganhos relevantes de produtividade total de fatores na economia brasileira. No final da década de 80, houve estagnação tecnológica. O período 1990/96 pode ser caracterizado por ganhos positivos de produtividade total de fatores para o complexo agroindustrial, industrial e de serviços, com resultado positivo para o Brasil. Por fim, constatou- se que as importações totais diminuíram a importância relativa do complexo agroindustrial. complexo Sem os agroindustrial insumos foi o importados, único setor numa hipotética econômico que autarquia, aumentou o sua influência na economia. No complexo industrial, verificou-se diminuição tanto dos multiplicadores de requerimentos totais quanto doméstico. Mediante a utilização de insumos importados, os setores industriais de crescimento rápido mantiveram suas parcelas de mercado praticamente estáveis. |