Avaliação de Melipona quadrifasciata Lepeletier (Hymenoptera: Apidae) como polinizador da cultura do tomateiro em cultivo protegido

• Ano de defesa: 2005
• Autor(a) principal: Del Sarto, Mário César Laboissièré
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
• Palavras-chave em Português: Lycopersicon; Polinização em estufa; Cultivo protegido; Melipona quadrifasciata; Ciências Biológicas
• Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10079

Foi avaliado o potencial da abelha-sem-ferrão Melipona quadrifasciata Lepeletier (Hymenoptera: Apidae) como polinizador de tomateiros (híbrido longa-vida; variedade Rodas) sob cultivo hidropônico e conceitos orgânicos em casa-de- vegetação em Minas Gerais, Brasil. O efeito do tratamento polinização pelas abelhas mais polinização manual não diferiu do efeito do tratamento polinização das abelhas ou manual. O (1) diâmetro máximo, a (2) altura e a circunferência do fruto (quociente entre 1 e 2), não diferiram entre os tratamentos. Entretanto, os frutos resultantes das flores visitadas somente por M. quadrifasciata, apresentaram 10,8% menos sementes (massa seca) do que os produzidos por polinização manual. Na variedade testada, as flores protegidas com sacos de poliéster (não polinizadas) não produziram frutos. A aparente baixa eficiência da polinização feita por M. quadrifasciata poderia ser atribuída à sobreposição de apenas 30 minutos entre o pico máximo de forrageamento das abelhas e o horário de maior receptividade do estigma das flores. Concluiu-se que é possível usar M. quadrifasciata como polinizador de tomateiros cultivados em ambiente protegido devido ao (i) aumento na qualidade dos frutos, considerando-se a diminuição das injúrias mecânicas quando comparadas à polinização manual tradicional, (ii) a não- diminuição do tamanho do fruto e (iii) ao alto preço do produto no mercado. Todavia, para o uso sustentável de M. quadrifasciata como polinizador em técnicas de criação e manejo em ambientes protegidos, cativeiro precisam ser desenvolvidas e difundidas, o que poderia prevenir sérios declínios das populações naturais desta abelha. Isto poderia ocorrer caso o único modo de aquisição de novas colônias para uso em programas de polinização fosse a retirada delas de seu ambiente natural.