Amblyomma imitator: a novel vector for Rickettsia rickettsii in Mexico and South Texas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Oliveira, Karla Andrade de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Bioquímica e Biologia molecular de plantas; Bioquímica e Biologia molecular animal
Doutorado em Bioquímica Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/294
Resumo: Rickettsioses, doenças de importância mundial, são causadas por bactérias pequenas, gram-negativas e intracelulares obrigatórias, que são transmitidas ao homem através de carrapatos, pulgas, ácaros e piolhos. O gênero Rickettsia tem sido classicamente dividido em dois grupos, o grupo tifo (TG) e o grupo de febre maculosa (SFG). Nos Estados Unidos e México, a transmissão da Rocky Mountain spotted fever (RMSF) foi atribuída aos carrapatos do gênero Dermacentor (D. variabilis e D. andersoni), Rhipicephalus sanguineus e Amblyomma (A. cajennense). Amblyomma imitator possui alta similaridade com Amblyomma cajennense e a princípio foi erroneamente identificado como esta espécie de carrapato. A sua distribuição geográfica compreende o sul do Texas (EUA), México e América Central. Neste estudo, uma colônia de carrapatos A. imitator coletados no ambiente no Estado de Nuevo Leon, México, em 2007 foi mantida em laboratório em coelhos naive, livres de patógenos. Real-time PCR de DNA extraído de ovos postos pela primeira geração de fêmeas mantidas em laboratório, foi realizado utilizando-se os primers específicos para Rickettsia CS5A e CS6 para a amplificação de um fragmento de 150bp do gene gltA. Esta análise indicou a presença de DNA de Rickettsia em algumas das massas de ovos. O organismo foi isolado das massas de ovos em células Vero utilizando-se "Shell vials". Os isolados foram detectados em células Vero por Diff-Quik e Imunofluorescência Indireta utilizando-se anticorpos policlonais de coelho contra R. rickettsii cepa Sheila Smith (diluído 1:200) e anti-IgG de coelho marcado com isotiocianato de fluoresceína (diluído 1:300). Os isolados foram identificados genotipicamente por seqüenciamento de fragmentos dos genes específicos de Rickettsia htrA, ompB e ompA amplificados a partir do DNA extraído das células infectadas. Nested-PCR foi realizada utilizando-se osprimers 17K3 e 17K5 para a primeira reação e 17KD1 e 17kD2 para a segunda reação para a amplificação de fragmentos de 547 pb e 434 pb, respectivamente, do gene htrA. Para amplificação de um fragmento de 856 pb do gene ompB o par de primers 120-M59 e 120-807 foi usado. Um fragmento de 533 pb do gene ompA foi amplificado com os primers Rr190.70F e Rr190.602R. Para uma das amostras um semi-nested foi necessário para amplificar um fragmento de ompA. Os primers Rr190.70F e Rr190.701Rforam então utilizados para a primeira reação, e primers Rr190.70F e Rr190.602R para a segunda. Análise das seqüências dos fragmentos dos genes htrA, ompA e ompB revelou R. rickettsii com identidades de 99%, 100% e 100%, respectivamente. A análise ultraestrutural de tecidos de carrapatos adultos mostrou a presença do agente rickettsial no intestino. Este é o primeiro relato da presença e da transmissão transovariana de R. rickettsii por A. imitator naturalmente infectado e sugere um papel para esta espécie de carrapato na transmissão de febre maculosa no México e sul do Texas (EUA).