Propriedades físicas e qualidade do feijão tratado com cera de carnaúba durante o armazenamento
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Construções rurais e ambiência; Energia na agricultura; Mecanização agrícola; Processamento de produ Mestrado em Engenharia Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3595 |
Resumo: | A qualidade dos grãos de feijão pode ser determinada pela aceitabilidade ao consumo, sendo afetada por características como coloração do tegumento, capacidade de hidratação e tempo de cozimento dos mesmos. Essas características podem ser alteradas durante o armazenamento, seja pelas condições inadequadas ou mesmo pela presença de insetos-pragas. Dentre as espécies de insetos que infestam os grãos de feijão durante o armazenamento, destaca-se a Acanthoscelides obtectus (Say), que é capaz de abrir galerias nos grãos. Devido ao fato do processo de fumigação potencialmente deixar resíduos nos grãos e a preocupação do consumidor com a segurança alimentar, a busca de soluções alternativas para o controle de insetos-pragas é necessária. A cera a base de carnaúba pode ser uma alternativa viável. Ela é obtida da palmeira brasileira (Copernicia cerifera), e não é tóxica. Objetivou-se com este trabalho avaliar a utilização da cera à base de carnaúba na proteção contra os insetos-praga e na conservação da qualidade dos grãos de feijão. Utilizaram-se grãos de feijão do grupo carioca, tratados com emulsão de cera de carnaúba Tropicalwax 2050. Como forma de caracterização da cultivar em estudo, em uma primeira etapa do trabalho foram determinadas as propriedades físicas dos grãos de feijão in natura e recém-colhidos, em diferentes teores de água. Em uma segunda etapa avaliou-se a utilização da cera na conservação dos grãos. Para tal, aplicou-se a emulsão de cera nas concentrações 0, 50 e 100 %, tratamentos 0, 1 e 2, respectivamente. Em um delineamento inteiramente casualizado foram realizados durante oito meses consecutivos, os testes de análise sensorial, avaliado por 40 julgadores; o teste de determinação dos índices de cor utilizando um colorímetro tristímulo; o teste do tempo de cocção utilizando o aparelho tipo Mattson; a capacidade de absorção e a avaliação das propriedades mecânicas dos grãos in natura, embebidos nas temperaturas de 40 e 50 ºC e durante o processo de cocção. Em uma terceira etapa verificou-se a eficácia do uso da cera contra a infestação de insetos-praga. Foram colocados 15 insetos adultos da espécie Acanthocelides obtectus (Say) em potes com 1 kg de grãos. Durante o armazenamento, o desenvolvimento dos insetos foi avaliado aos 45, 90, 135 e 225 dias. À exceção da porosidade, todas as propriedades físicas apresentaram uma relação linear com o teor de água, não havendo diferença significativa (p<0,01) entre os tratamentos com cera de carnaúba e a amostra testemunha. Foi constatada, em todos os tratamentos, uma boa aceitação do produto pelo teste de análise sensorial. Os escores médios apresentaram-se entre os termos hedônicos gostei ligeiramente e gostei moderadamente. Com base nos testes realizados para verificação da manutenção da qualidade do feijão não foram observadas interações significativas entre os tratamentos e o tempo de armazenamento. A cera não foi eficiente no controle da infestação dos insetos-praga, concluiu-se também que o uso da solução de cera de carnaúba como revestimento dos grãos de feijão não alterou as características sensoriais e não foi eficiente na proteção dos grãos de feijão contra o desenvolvimento do inseto praga Acanthoscelides obtectus. |