Perfil bioquímico sanguíneo de quatis (Nasua nasua) de vida livre que exploram diferentemente alimentos processados ou descartados por humanos
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biologia e Manejo animal Mestrado em Biologia Animal UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2297 |
Resumo: | Os quatis (Nasua nasua) são animais com ampla distribuição geográfica em regiões tropicais da América do Sul, incluindo todos os biomas do Brasil, exceto em algumas regiões do Nordeste. Esses animais são mamíferos onívoros, explorando principalmente vegetais e invertebrados e vistos frequentemente ingerindo alimentos descartados em sacos e vasilhas de lixo em áreas de utilização antrópica. O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto na saúde animal devido ao contato com alimentos de origem humana através da analise de sete parâmetros bioquímicos (TGO, TGP, colesterol total, triglicérides, GGT, HDL, fosfatase alcalina) e o peso. Cinquenta e cinco quatis foram capturados com armadilhas do tipo Tomahawk contendo banana no Parque Nacional do Caparaó, Parque Municipal Mangabeiras e Estação Ecológica Água Limpa. Os animais capturados foram anestesiados com cetamina (10mg/kg) e xilazina (0,5mg/kg) para a realização da punção venosa. O plasma, originário da centrifugação, foi analisado pelo Laboratório de Análises Clínicas da Divisão de Saúde da Universidade Federal de Viçosa por técnicas de espectrocolorimetria. Não houve diferença entre as concentrações plasmáticas de qualquer parâmetro fisiológico e nem de peso entre machos e fêmeas. Os quatis adultos do Mangabeiras foram estatisticamente mais pesados quando comparados aos outros sítios. Os quatis do Caparaó apresentaram os maiores valores de GGT que os quatis do Mangabeiras. Os quatis da EEAL possuem níveis de TGO e TGP significativamente maiores quando comparados aos quatis de Caparaó e de Mangabeiras. Entre os jovens, apenas Caparaó e Mangabeiras foram comparados. Os quatis jovens do Caparaó apresentaram valores de TGO e fosfatase alcalina estatisticamente maiores que Mangabeiras. Os resultados encontrados sugerem que os quatis da EEAL apresentam um perfil de doença hepática. As alterações do GGT nos animais de Caparaó podem ser interpretados como efeito da síndrome metabólica ou ingestão de agrotóxicos. Os animais da EEAL que tem menos contato com humanos e subprodutos, parecem ser os mais acometidos por doença viiihepática. Por outro lado, os quatis do Parque das Mangabeiras são os mais saudáveis, pelo menos quanto aos índices pesquisados nesse estudo. |