Criopreservação de sêmen canino, utilizando dois diluidores e dois protocolos de resfriamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Bueno, Regina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10583
Resumo: Estudou-se criopreservação do sêmen canino, utilizando dois diluidores e dois protocolos de resfriamento do sêmen, para avaliar o efeito desses sobre a qualidade espermática in vitro, após a congelação/descongelação. Os meios diluidores utilizados foram o Tris-citrato e o Tes-Tris e os procedimentos de resfriamento foram realizados em um congelador de células digital e em caixa de isopor. O experimento foi conduzido no Laboratório de Reprodução Animal - DVT-UFV, utilizando-se três machos, submetidos a uma coleta de sêmen por semana, durante cinco semanas, totalizando quinze amostras, em cada delineamento experimental. Os testes in vitro aplicados às amostras de sêmen foram os de: avaliação da motilidade espermática progressiva, vigor espermático, avaliação da integridade da membrana plasmática e do acrossoma, por meio dos testes hipo-osmótico (HOS-T) e câmara úmida, respectivamente e avaliação da longevidade espermática, por meio do teste de termo-resistência rápido (TTR). A análise comparativa entre os meios diluidores evidenciou que o meio diluidor Tris-citrato foi superior (P<0,05) ao meio Tes-Tris, por ter obtido nos resultados de todos os testes in vitro, valores em torno de 15% mais altos. Concluiu-se, portanto, que o Tris-citrato foi mais eficiente em conservar a qualidade espermática, por ter mantido viável uma maior porcentagem de espermatozóides, após a criopreservação. Houve correlação positiva entre vários testes, indicando coerência entre os resultados. A análise comparativa dos protocolos de resfriamento demonstrou que não houve diferença (P>0,05) entre a caixa de isopor e o biocool, logo após o resfriamento. Após a descongelação, os resultados demonstraram que houve igualdade entre os protocolos quanto ao vigor espermático, ao HOS-T e a condição de acrossoma, havendo diferença (P<0,05) apenas na motilidade espermática após a descongelação e durante o teste de termo-resistência, que foram superiores quando o sêmen foi resfriado na caixa de isopor. A curva de resfriamento na caixa de isopor foi de, aproximadamente, -0,45°C/min. e no biocool de -0,55°C/ min., porém, na caixa de isopor a queda de temperatura não foi constante durante os 60 minutos do resfriamento, sendo que nos primeiros dez minutos a temperatura diminuiu 13°C. Parece que o perfil dessa curva favoreceu a manutenção das reservas energéticas dos espermatozóides, por terem tido seu metabolismo mais rapidamente diminuído. Os resultados dos testes para ambos os diluidores e ambos protocolos de resfriamento são compatíveis com os considerados normais para o sêmen criopreservado na espécie canina.