Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Novaes, Clarissa Alves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9963
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Resumo: |
Estuda-se o contexto histórico do ofício de costureira e os símbolos envolvidos no cotidiano e no trabalho de mulheres que exercem informalmente esse ofício. Para tanto, adota-se metodologia, com delineamento qualitativo: estudo de caso. A pesquisa foi realizada com três costureiras que aprenderam o ofício com ascendentes do sexo feminino e eram proprietárias de ateliês na cidade de Viçosa - MG, inseridas no comércio varejista informal que, além da atividade laboral, eram mães e chefes de famílias. Historicamente, coube à mulher o papel da reprodução, cuidando dos filhos e da casa, em afazeres nos quais a costura estava inserida. Com o advento da Revolução Industrial e a evolução da produção em massa, as costureiras foram para as fábricas. Entretanto, a padronização das peças nem sempre atende às especificidades dos corpos. Dessa forma, os consumidores frequentemente têm recorrido a costureiras para reformarem e adequarem as peças, o que levou ao surgimento de um novo nicho de mercado: as costureiras de ateliês que customizam peças do vestuário. Esse nicho mercadológico foi absorvido, principalmente, por mulheres e se tornou opção de fonte de renda. Entretanto, muitas delas têm dedicado a esse ofício, sem abandonar o trabalho doméstico, o que se configura dupla jornada de trabalho. Embora esse ofício esteja ligado à lógica de mercado, ele não se limita ao lucro, porque também se relaciona ao prazer, à satisfação pessoal e profissional. Os trabalhos realizados nos ateliês se diferenciam entre si, uma vez que cada costureira tem a sua própria história de vida, aprendeu a exercer o ofício de uma forma específica e tem uma organização e trabalho que a diferencia, evidenciando, assim, a dinamicidade e diversidade configuracional do ofício, já que o cotidiano e as atividades de trabalho de cada uma delas são de natureza contextual, histórica e social. |