Estudo da morfologia do coração, dos hemócitos e dos efeitos do imidacloprido e da infecção bacteriana nas populações de hemócitos de Melipona quadrifasciata

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Ravaiano, Samira Veiga
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
• Palavras-chave em Português: Abelhas sem ferrão; Melipona quadrifasciata; Meliponini; Microscopia eletrônica; Entomologia Agrícola
• Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27088

Abelhas sem ferrão são importantes polinizadores de plantas nativas e cultivadas, com um papel essencial na manutenção dos ecossistemas. Diversos fatores estão contribuindo para o declínio das populações desses polinizadores, como o uso de inseticidas neonicotinoides e a infecção por patógenos. Além de ter impacto direto à sobrevivência dos insetos, inseticidas podem causar efeitos subletais a organismos não-alvo, como as abelhas, podendo impor custos significativos à sua imunidade. O presente trabalho trata do estudo comparado do tubo dorsal pulsátil ou coração (e tecidos associados) e dos principais hemócitos (prohemócitos, plasmatócitos e granulócitos) nos diferentes sexos e castas de M. quadrifasciata, através de diversas técnicas de microscopia, e também da avaliação da contagem total e diferencial de hemócitos, após a exposição oral de operárias com imidacloprido e a infecção por Escherichia coli. Forrageiras foram submetidas a cinco tratamentos: 1) exposição a imidacloprido; 2) infecção por bactéria; 3) tratamento com inseticida e bactéria; 4) controle, sem nenhum dos dois tratamentos; e 5) controle, com injeção apenas de meio LB. Esses tratamentos foram submetidos a um esquema fatorial com um tratamento adicional (2 2 + 1). A morfologia do coração, assim como dos músculos alares e das células pericardiais, é semelhante entre os sexos e castas e ao observado em outros insetos. Entretanto, seu coração possui uma expansão na porção abdominal final e os cardiomiócitos são dispostos em um círculo aberto. As características morfológicas dos hemócitos são similares entre os indivíduos estudados. As forrageiras possuem menor quantidade de hemócitos quando comparadas a abelhas mais jovens. A quantidade relativa de hemócitos das forrageiras altera mediante exposição ao imidacloprido e à E. coli, causando aumento em algumas células e diminuição em outras, mas não causaram alterações significativas à contagem total dos mesmos. O presente trabalho nos permite conhecer melhor os sistemas circulatório e imune, e entender como seus hemócitos respondem à exposição ao imidacloprido simultaneamente à infecção bacteriana em M. quadrifasciata.