Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Figueiredo, Adelson Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9005
|
Resumo: |
Na década de 1990, o setor agrícola brasileiro passou por importantes transformações devido à menor intervenção governamental e maior inserção do capital privado na atividade. Nessa década, o setor soja expandiu sua produção e suas exportações. Entretanto, no mercado internacional de farelo e óleo de soja o Brasil perdeu participação. Considerando a importância da agroindústria da soja para a economia brasileira, buscou-se nesta pesquisa analisar o comportamento das exportações de soja e derivados do Brasil em relação aos seus principais concorrentes – EUA e Argentina – no período de 1990 a 2002. Para isso, procurou-se identificar os principais fatores condicionantes do desempenho competitivo desses países nos segmentos de soja em grão, farelo e óleo. Visto que fatores internos e externos podem influenciar a competitividade das exportações brasileiras, procedeu-se a uma descrição das conjunturas interna e externa da produção e comercialização de soja e derivados. Na análise empírica foram aplicados os modelos constant- market-share e de elasticidade de substituição; calcularam-se ainda indicadores de vantagem comparativa revelada e índices de concentração geográfica de exportações e importações. A análise de market-share identificou que o crescimento do comércio internacional foi fundamental para a expansão das exportações de Brasil, EUA e Argentina. Detectou-se também que o Brasil concentrou esforços de comercialização com países importadores, cuja demanda se reduziu ou cresceu abaixo da média mundial. Enquanto isso, aumento das exportações via incremento na competitividade foi detectado somente para o Brasil, nas exportações de soja em grão, e para a argentina, nas exportações de farelo. A análise de vantagem comparativa revelada mostrou que o Brasil possui vantagem nas exportações de grão e de farelo de soja, mas não nas exportações de óleo. Os EUA apresentaram vantagem comparativa apenas nas exportações de grão, e a Argentina, nas exportações de farelo e óleo. Do subperíodo 1990/96 para 1997/02, houve aumento da concentração geográfica nas importações de soja em grão, basicamente em todos os países importadores analisados. No mercado de farelo, houve diversificação geográfica nas importações , e no segmento de óleo ocorreu concentração somente nas importações dos Países Baixos, de México e do Paquistão. As exportações não se mostraram concentradas geograficamente, sinalizando que o aumento da competitividade entre os países exportadores estimula a conquista de novos mercados. Os valores estimados para a elasticidade de substituição mostraram que, apesar de serem tratadas como commodities , não há substitutibilidade perfeita entre as exportações de soja em grão, farelo e óleo de Brasil, EUA e Argentina. Os resultados permitem inferir que a concorrência entre esses países aumentou e que o incremento da participação brasileira no mercado mundial de soja foi proporcionado pela competitividade nas exportações de soja em grão. Nos segmentos de processados, o Brasil perdeu competitividade, principalmente em relação à Argentina, tornando-se necessária a adoção de políticas que reduzam os custos das empresas esmagadoras nacionais e que aumentem a competitividade nas exportações desses segmentos. |