Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Franciele Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/14134
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Resumo: |
O Vírus Mayaro (MAYV) pertence ao gênero Alphavirus e a família Togaviridae. Ele está incluído no grupo dos alfavírus artritogênicos, que também compreende o Vírus Ross River (RRV), Vírus Chicungunya (CHIKV) Vírus Sindbis (SINV), Vírus O’nyong-nyong (ONNV), os quais são responsáveis por causar surtos de poliartralgia ou poliartrite muitas vezes crônicas e debilitantes. O MAYV é responsável por surtos esporádicos de doença febril aguda em comunidades rurais de países da América do Sul. A febre Mayaro é uma doença autolimitante que pode variar de leve a moderadamente severa. Os sinais clínicos incluem dor de cabeça, febre, erupção cutânea, fotofobia, mialgia e artralgia, que pode ser persistente. Os casos de febre Mayaro afetam principalmente pessoas que trabalham ou residem próximas as áreas de florestas, pois o MAYV é um patógeno zoonótico, mantido na natureza em ciclos silvestres e rurais. Esses ciclos envolvem o mosquito Haemogogus janthinomys como vetor e vertebrados como hospedeiros. No Brasil os casos de febre Mayaro são comumente relatados em áreas rurais das Regiões Norte e Centro Oeste do país, embora, casos recentes têm sido descritos em áreas urbanas de Manaus e Mato Grosso. Esses relatos destacam a preocupação com o potencial de emergência e urbanização do MAYV no Brasil e outros países, uma vez que a artrite e miosite induzidas pelo MAYV podem ser debilitantes e com considerável impacto na qualidade de vida das pessoas sendo, além disso, pouco compreendida. Por isso, o objetivo deste trabalho foi estabelecer um modelo animal para estudo da patogênese induzida pelo MAYV. No experimento foram utilizados camundongos Balb/c com 15 dias de idade, os quais foram infectados por duas vias distintas: abaixo do membro torácico e na almofada da pata do membro pélvico. Os animais foram avaliados em intervalos de 24 horas por 21 dias, para aparecimento de sinais clínicos, quanto ao ganho de peso, e perda de forca pelo teste físico Wire-hang. Também foram realizadas analises histológicas do músculo e articulação do tornozelo. A resposta imune foi acessada pela quantificação de citocinas no soro e tecido por citometria de fluxo, e além disso também foi realizado o teste de dor. Os resultados demonstraram que o MAYV induziu doença aguda nos animais, os quais apresentaram piloereção, postura encurvada, irritação no olho e leve alteração da marcha. No teste físico ambos os grupos tiveram perda de resistência, o que estava associado aos danos histopatológicos, que incluiu miosite, artrite, tenossinovite e periostite. A resposta imune foi caracterizada por uma forte resposta inflamatória mediada pelas citocinas TNF-α, IL-6 e INF-γ e quimiocina MCP-1, seguida pela ação das citocinas IL-10 e IL-4. Portanto, os camundongos Balb/c representam um modelo promissor para estudo dos mecanismos envolvidos na patogênese, resposta imune e futuramente como plataformas para testes de antivirais e vacinas. |