Resposta de plantas de soja ao ataque do percevejo marrom Euschistus heros (F.) e injúrias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Cordeiro, Eduardo Góes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7843
Resumo: As lipoxigenases (linoleato: oxigênio oxiredutase, EC 1.13.11.12) catalisam a adição do oxigênio molecular ao sistema cis, cis -1,4- pentadieno dos ácidos graxos poliinsaturados, formando hidroperóxidos dos ácidos graxos correspondentes. Estes hidroperóxidos estão envolvidos em reações enzimáticas que tem como produto aldeídos e cetonas, que são liberados e causam o “beany flavor” nos produtos de soja. Os produtos dessas enzimas participam também dos primeiros passos da rota de síntese do ácido jasmônico e ácido traumático, importantes sinalizadores sistêmicos de injúrias nas plantas, induzindo a síntese de compostos de defesa, como exemplo, os inibidores de proteases após injúrias e provocadas pela alimentação insetos herbívoros. O efeito da eliminação genética das lipoxigenases feita em plantas de soja, com o objetivo de reduzir o “beany flavor”, foi verificado na indução de defesa quando a planta é infestada com o herbívoro E. heros ou injuriada artificialmente através da comparação plantas normais. A atividade enzimática do “pool” de lipoxigenase e níveis de inibidores de protease foram determinados após 8 horas, no controle sem injúria e após injúrias nos grãos e nas folhas e infestadas com o percevejo marrom da soja E. heros. Foi também verificada a atividade de lipoxigenases e os níveis de inibidores de proteases em função do tempo no, genótipo regular para presença da enzima nos grãos. Os resultados desse trabalho sugerem que a ausência de lipoxigenases nos grãos afeta a indução de defesas nas plantas quando esta sofre injúrias e quando infestadas com o herbívoro. A diferença é ainda maior quando a resposta foi medida no local de ocorrência da injúria. As plantas de soja normais para presença das enzimas nas sementes responderam aos tratamentos de injúrias e infestação com E. heros com redução do “pool” de lipoxigenases e aumento nos níveis de inibidores de proteases no local onde foram aplicados os tratamentos.