Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Siqueira, Paulo Henrique de Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9070
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Resumo: |
A partir da década de 90, a economia brasileira sofreu um intenso processo de fusões e aquisições, sendo a agroindústria do açúcar e do álcool um dos setores onde essas transformações se mostraram bastante presentes. As regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba no Estado de Minas Gerais vêm recebendo grandes somas de investimentos direcionados para as atividades sucroalcooleiras, com a participação de importantes grupos nordestinos. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi analisar os principais determinantes da competitividade da agroindústria do açúcar e do álcool nas regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, verificando os fatores responsáveis pelas empresas, pelo governo e aqueles intrinsecamente existentes na região. Utilizando o modelo dos fatores determinantes de competitividade de VAN DUREN et. al. (1991), adaptado ao método utilizado em outros estudos que analisaram as cadeias de frutas, carne, leite, etc., o trabalho consistiu em caracterizar e analisar as usinas e destilarias das regiões do Triângulo e Alto Paranaíba, selecionar os principais determinantes de competitividade, subdividido-os em subfatores. Depois, procurou-se avaliar qualitativamente a intensidade do impacto dos subfatores e sua contribuição para o efeito agregado dos direcionadores. Diante disto, definiram-se como determinantes de competitividade da agroindústria do açúcar, os insumos, a estrutura e as relações de mercado, a tecnologia, a gestão interna e o ambiente institucional. Cada um desses determinantes foi subdividido em subfatores. Analisando-se o comportamento de cada subfator, observou-se que dentre os aspectos positivos para a competitividade dessas usinas e destilarias, em termos da matéria-prima cana-de-açúcar, as usinas da região encontram vantagens tanto na disponibilidade dessa matéria-prima como na negociação dos preços. A maioria das usinas apresenta um bom nível tecnológico e conta com uma administração profissionalizada, que se preocupa com o desenvolvimento de novas tecnologias, participando de convênios e possuindo experimentos em sua propriedade. Entretanto, essas usinas e destilarias apresentam algumas dificuldades no relacionamento com alguns elementos a jusante e a montante da cadeia do açúcar e do álcool, haja vista a forte concentração dos fornecedores de insumos agrícolas e das distribuidoras de álcool. Essas esmagadoras são também limitadas na adoção de estratégias mercadológicas mais avançadas e na diversificação para alavancar sua competitividade. Finalmente, elas também sofrem dificuldades com a limitada disponibilidade de fornecedores de máquinas e equipamentos na região e com a concorrência representada pelas esmagadoras paulistas. Com isto, pode-se dizer que as usinas e destilarias da região precisam buscar alternativas para diversificar sua estratégia mercadológica, procurando meios para atender aos mercados mais exigentes de açúcar, além de aumentar seu poder de barganha junto às distribuidoras de álcool, utilizando parcerias ou fazendo parte de grupos de comercialização. O Governo deve participar mais ativamente junto aos organismos internacionais, como a OMC, para defender os interesses dos produtores de açúcar nacionais, diminuir os impostos, que oneram a produção nacional, e investir mais nas estradas na região, diminuindo os custos do frete e favorecendo a competitividade dessas usinas e destilarias nas regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. |