Variabilidade e estrutura genética de populações de begomovírus em tomateiro e plantas daninhas em seis localidades do sudeste brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Rocha, Carolina da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética animal; Genética molecular e de microrganismos; Genética quantitativa; Genética vegetal; Me
Doutorado em Genética e Melhoramento
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1336
Resumo: A incidência de begomovírus aumentou drasticamente no Brasil desde a década de 1990, após a introdução do biótipo B da mosca-branca Bemisia tabaci. Acredita-se que o inseto vetor transferiu vírus nativos infectando hospedeiros silvestres para o tomateiro. Após um rápido processo evolutivo, novas espécies adaptadas ao novo hospedeiro tornaram-se prevalentes no campo. O objetivo deste trabalho foi determinar a estrutura genética de populações de begomovírus em tomateiro e plantas daninhas em regiões produtoras de tomate no sudeste brasileiro. Amostras foliares de tomateiro e plantas daninhas foram coletadas em seis locais nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, de maio de 2005 a maio de 2010. Um total de 126 DNAs-A e 58 DNAs-B foram obtidos por meio de amplificação por círculo rolante, clonados e sequenciados. Dois isolados da espécie tentativa Tomato mottle leaf curl virus (ToMoLCV) foram identificados em plantas de tomateiro coletadas em Jaíba, MG. Este vírus ainda não era reconhecido como uma espécie oficial, pois a sequência completa de seu DNA-A ainda não havia sido determinada. A caracterização molecular dos dois isolados de Jaíba indica que o ToMoLCV é um típico geminivírus bissegmentado do Novo Mundo, com máxima identidade de sequência com outros begomovírus brasileiros. Análise filogenética confirmou o relacionamento do ToMoLCV com begomovírus do Brasil. Em conjunto, esses resultados apoiam a classificação do ToMoLCV como uma espécie do gênero Begomovirus. Além do ToMoLCV, outros oito begomovírus foram identificados nas amostras de tomateiro, e oito nas amostras de plantas daninhas. Quatro vírus foram identificados em tomateiros e plantas daninhas. Todos os vírus identificados já haviam sido previamente descritos e são de ocorrência restrita ao Brasil. Suas propriedades moleculares indicam que todos são begomovírus bissegmentados do Novo Mundo. Dois vírus (SiYLCV e ToCmMV) se agrupam com begomovírus de outros países das Américas em árvores filogenéticas. Análise de recombinação confirmou a natureza altamente recombinante dos begomovírus brasileiros. Vários eventos de recombinação envolvendo vírus de tomateiros tiveram vírus de plantas daninhas identificados como possíveis parentais. As populações virais apresentam subdivisões com base em região geográfica e são altamente variáveis. O BlYSV, um vírus encontrado apenas em plantas daninhas, apresenta uma variabilidade genética muito superior aos vírus de tomateiro (ToCmMV, ToCMoV, ToSRV e ToYVSV).