Redes sociais dos idosos brasileiros e portugueses: análise do estado da arte por meio da revisão sistemática

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Paes, Luana Fernandes Silva
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa; Economia Doméstica
• Palavras-chave em Português: Envelhecimento; Idosos; Direitos sociais; Redes sociais; Economia Doméstica
• Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/29766; https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.340

Pensar no envelhecimento populacional é considerá-lo um fenômeno mundial. Na América Latina, e em especial no Brasil, esse processo está ocorrendo aceleradamente, impulsionado pela queda da taxa de fecundidade e aumento da expectativa de vida, levando à maior participação da população idosa na sociedade. No contexto Europeu, Portugal também vivenciou tal realidade. As pessoas idosas contemporâneas vêm transformando o processo de envelhecimento e a velhice, adotando novos comportamentos, em especial após a aposentadoria, onde possuem cada vez mais vontade de vivenciar novas experiências, desfrutando das oportunidades que a sociedade oferece. Para que esses indivíduos possam vivenciar a velhice com qualidade de vida, é fundamental que eles consigam acessar os direitos sociais e que estes se efetivem no cotidiano desse segmento populacional. Outro aspecto fundamental e determinante na qualidade de vida no envelhecimento são as redes sociais de apoio. Elas são essenciais visto que o sentimento de amor, valorização e pertencimento, permite que estes indivíduos não vivenciem a velhice de forma isolada, anônima e como lugar de invisibilidade. A família é uma das instituições que compõem a rede social de um indivíduo, sendo ela essencial para sociedade, assim como é, a principal responsável pela proteção social dos seus membros, principalmente das pessoas idosas. Porém, devido às mudanças sociais vivenciadas ao longo do tempo, as pessoas idosas já não têm a família como principal suporte e fonte de apoio e bem-estar, fazendo com que eles necessitem de outros apoios. Diante desta nova configuração, fica evidente a necessidade e a importância das relações sociais na vida dessas pessoas. Deste modo, a presente dissertação objetivou compreender o funcionamento/perfil das redes sociais das pessoas idosas no Brasil e Portugal considerando o aporte ao cuidado no processo de envelhecimento. Especificamente, pretendeu-se: Analisar as garantias dos direitos sociais da pessoa idosa expressas nas Constituições Federais do Brasil e Portugal. E investigar as evidências da atuação das redes sociais junto às pessoas idosas dos referidos países. Para atender tais objetivos foi desenvolvido por meio da análise de conteúdo e Revisão Sistemática da Literatura, um estudo de natureza qualitativa com abordagem da pesquisa documental e bibliográfica, de caráter exploratório e descritivo. A análise de conteúdo concluiu que as legislações de ambos os países, vem abrindo espaço para a garantia de direitos sociais às pessoas idosas e que o cuidado aparece com mais frequência nos documentos de Portugal do que nos do Brasil. Na revisão sistemática, evidenciou-se que as redes sociais informais são centrais para a qualidade de vida das pessoas idosas, pois elas têm um alcance muito maior do que as redes formais, além de suprirem de forma mais rápida as necessidades básicas relativas ao cuidar. Em relação às sociabilidades informais e os apoios que estas ofertam para as pessoas idosas, nos foi possível concluir que a família continua sendo a principal fonte de cuidado e apoio social para as pessoas idosas, porém as sociabilidades, amigos e vizinhança, têm emergido e ganhando espaço dentro das relações sociais, quando se discute apoios relacionados ao campo emocional e psicológico. Palavras-chave: Envelhecimento. Direito Social. Redes Sociais. Pessoa Idosa.